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MODIFICAÇÃO DO MODELO DE TRANSIÇÃO DE CUIDADOS DOS PACIENTES CRITICAMENTE ENFERMOS
Resumo
Caracterização do problema: A perda na continuidade do tratamento dos pacientes críticos está relacionada a piores desfechos intra-hospitalares e erros médicos graves. Além disso, o processo de alta de uma unidade de alta vigilância para outra com nível de vigilância inferior pode gerar ansiedade e angústia nos pacientes e familiares. Até este momento, desconhecemos dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) uma sistematização do processo de alta do paciente das unidades críticas para as unidades de internação. Descrição da experiência: Após a inauguração da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no Hospital Montenegro – 100%SUS em agosto de 2013 foi desenvolvido um protocolo simples e objetivo de transição de cuidados de pacientes críticos após a decisão de alta da UTI para a enfermaria. Ele envolve a comunicação pessoal ou telefônica entre o médico intensivista responsável pela alta do paciente e o médico hospitalista assistente na enfermaria, bem como o plano terapêutico a ser mantido. Sumariamente, é uma passagem de plantão sistematizada e protocolizada entre a UTI e enfermaria. Efeitos alcançados: Como o serviço de Terapia Intensiva é recente (2 meses) não dispomos de dados prévios para comparação, porém houve melhora expressiva da satisfação da equipe da enfermaria (não quantificada) e a taxa de readmissão da UTI se encontra em 7% (semelhante a hospitais internacionais tidos como referência em qualidade assistencial). Recomendações: O desenvolvimento de ferramentas para uniformizar e dar continuidade ao tratamento dos pacientes nos diversos setores hospitalares não é benéfico somente ao paciente, há melhora expressiva da satisfação da equipe e também dos familiares. Sendo assim, é imperativo o desenvolvimento de protocolos de transferência de cuidados entre as diversas unidades hospitalares visando a segurança do paciente, evitando assim, perda na continuidade de tratamento.
Palavras-chave
UTI, alta
Referências
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