Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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LASER DE BAIXA INTENSIDADE VERSUS TERAPIA FÍSICA DESCONGESTIVA EM PACIENTES COM ÚLCERA VENOSA: ENSAIO CLÍNICO RANDOMIZADO
Gilson de Vasconcelos Torres, Roberta Azoubel, Fabiano Veloso Gomes, Quinidia Lúcia Duarte de Almeida Quithé de Vasconcelos, Marina de Góes Salvetti, Gabriela de Sousa Martins Melo

Resumo


Introdução: A úlcera venosa (UV) é o tipo mais frequente das ulcerações em membros inferiores, representando em torno de 70% a 90% desta condição de saúde (1). A Terapia Física Descongestiva (TFD) (2) e o laser de baixa potência são bastante utilizados na obtenção de cura, bem como prevenção da recorrência. Objetivo: Verificar o efeito da TFD e do laser de baixa intensidade na dor, edema e cicatrização de UVs. Metodologia: Estudo clínico randomizado do tipo antes-depois realizado na Clínica Escola de Fisioterapia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) no município de Jequié-BA, no período de fevereiro a abril de 2012. A amostra foi composta por 20 sujeitos portadores de UV atendidos no projeto de extensão “Cuidados Especiais nas Ulcerações dos Membros Inferiores”, sendo divididos em dois grupos de forma aleatória: o grupo um, submetido à terapia física descongestiva e o grupo dois submetido à laserterapia (4j/cm2), ambos atendidos três vezes na semana, por 2 meses. A área, dor e edema foram aferidos respectivamente com contorno direto da borda da úlcera, escala análoga visual de dor e Teste de Cacifo. Os dados foram tabulados em software estatístico, sendo realizada análise inferencial. O estudo obedeceu às normas da Resolução n° 196/96 do Conselho Nacional de Saúde, sendo aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UESB sob o protocolo n° 097/2007. Resultados: Quando comparados os resultados das técnicas da terapia física descongestiva e da laserterapia de baixa intensidade não houve diferença estatisticamente significativa em relação aos desfechos descritos. Contudo ao ser comparado através do Teste Exato de Fisher a dor (inicial e final), edema (inicial e final) e área da ferida (inicial e final) de ambos grupos houve diferença significativa, respectivamente (p<0,05), (p<0,05) e (p=0,05), evidenciando que ambas as técnicas foram efetivas na diminuição da dor, do edema e aumento da taxa de cicatrização. Conclusão: As técnicas de TFD e laserterapia de baixa intensidade se mostraram efetivas no processo de cicatrização das UVs, porém não demonstraram diferenças estatísticas que apontem para a superioridade de uma técnica em relação à outra. Espera-se que além dos enfermeiros, outros profissionais de saúde façam uso das técnicas empregadas, no intuito de estimular a cicatrização das UVs, melhorando a qualidade de vida dos sujeitos e de seus familiares.

Palavras-chave


Úlcera Varicosa; Cicatrização de feridas; Terapia a laser.

Referências


1.    Figueiredo MAM, Castro AA, Simões R. Terapia de compressão de membros inferiores. Projeto Diretrizes. Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. 2011; 1-10.
2.    Azoubel R. Efeitos da terapia física descongestiva na cicatrização de úlceras venosas. Rev Esc Enferm USP. [Internet].  2010 [citado 20 Jun 2013 ]; 44(4):1085-92. Available from: http://www.scielo.br/pdf/reeusp/v44n4/33.pdf