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ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL RECEBIDO POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
Resumo
Introdução: Pessoas com deficiência são muito vulneráveis a problemas nutricionais, por consequências metabólicas e da própria deficiência. Assim a orientação referente à alimentação e nutrição nesse grupo deve ser frequente. Entretanto, o aconselhamento nutricional direcionado a esses pacientes ainda é incipiente, principalmente nos municípios do interior dos Estados, o que pode favorecer o aparecimento de agravos nutricionais e, de prejuízos no desenvolvimento que podem perdurar até a vida adulta. Objetivo: Investigar como vem sendo realizado o aconselhamento nutricional de crianças e adolescentes com diferentes tipos de deficiência acompanhados no Centro de Reabilitação Infantil (CRI) do município de Santa Cruz- RN. Metodologia: Foram entrevistados os responsáveis de 79 crianças e adolescentes de ambos os sexos, sendo questionado se já haviam recebido orientação nutricional de algum profissional da saúde em relação à alimentação e nutrição, com que frequência ocorria e qual o profissional a havia realizado. Resultados: Somente 39,2 % dos responsáveis já haviam recebido alguma orientação nutricional desde o início do acompanhamento da criança/adolescente no CRI. Quanto à deficiência apresentada, já haviam recebido algum aconselhamento nutricional os responsáveis de 45% dos pacientes com deficiência neurológica (autismo, distrofia muscular, paralisias e paralisia cerebral), 75% dos portadores de Síndrome de Down, 60% dos portadores de deficiência auditiva, 50% dos deficientes físicos e 83% dos portadores de doença mental ou psicológica. Em relação à frequência dessas orientações nutricionais, 3,2% as receberam 12 vezes/ano ou mais, 6,5% as receberam 6 a 11 vezes/ano, 16, 1% as receberam 2 a 5 vezes/ano e 74,2% as receberam 1 vez/ano ou menos. O profissional que comumente realizava a orientação sobre alimentação e nutrição foi o nutricionista (90,3%), seguido do médico (6,5%), enfermeiro (6,5%) e outros profissionais da saúde (6,5%). Conclusão: Observou-se carência de orientação nutricional voltada às crianças e adolescentes com deficiência. Se faz necessário que o nutricionista, assim como os outros profissionais de saúde da equipe ampliem o rol de ações de alimentação e nutrição voltadas a esse grupo visando prevenir problemas nutricionais e aumentar a qualidade de vida desses pacientes.