Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL RECEBIDO POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA NO INTERIOR DO RIO GRANDE DO NORTE
Annamary do Nascimento Oliveira, Cristiane Jordânia Pinto, Joyce Samara Marques de Oliveira Araújo, Letícia Sabino Santos, Úrsula Viana Bagne

Resumo


Introdução: Pessoas com deficiência são muito vulneráveis a problemas nutricionais, por consequências metabólicas e da própria deficiência. Assim a orientação referente à alimentação e nutrição nesse grupo deve ser frequente. Entretanto, o aconselhamento nutricional direcionado a esses pacientes ainda é incipiente, principalmente nos municípios do interior dos Estados, o que pode favorecer o aparecimento de agravos nutricionais e, de prejuízos no desenvolvimento que podem perdurar até a vida adulta. Objetivo: Investigar como vem sendo realizado o aconselhamento nutricional de crianças e adolescentes com diferentes tipos de deficiência acompanhados no Centro de Reabilitação Infantil (CRI) do município de Santa Cruz- RN. Metodologia: Foram entrevistados os responsáveis de 79 crianças e adolescentes de ambos os sexos, sendo questionado se já haviam recebido orientação nutricional de algum profissional da saúde em relação à alimentação e nutrição, com que frequência ocorria e qual o profissional a havia realizado. Resultados: Somente 39,2 % dos responsáveis já haviam recebido alguma orientação nutricional desde o início do acompanhamento da criança/adolescente no CRI. Quanto à deficiência apresentada, já haviam recebido algum aconselhamento nutricional os responsáveis de 45% dos pacientes com deficiência neurológica (autismo, distrofia muscular, paralisias e paralisia cerebral), 75% dos portadores de Síndrome de Down, 60% dos portadores de deficiência auditiva, 50% dos deficientes físicos e 83% dos portadores de doença mental ou psicológica. Em relação à frequência dessas orientações nutricionais, 3,2% as receberam 12 vezes/ano ou mais, 6,5% as receberam 6 a 11 vezes/ano, 16, 1% as receberam 2 a 5 vezes/ano e 74,2% as receberam 1 vez/ano ou menos. O profissional que comumente realizava a orientação sobre alimentação e nutrição foi o nutricionista (90,3%), seguido do médico (6,5%), enfermeiro (6,5%) e outros profissionais da saúde (6,5%). Conclusão: Observou-se carência de orientação nutricional voltada às crianças e adolescentes com deficiência. Se faz necessário que o nutricionista, assim como os outros profissionais de saúde da equipe ampliem o rol de ações de alimentação e nutrição voltadas a esse grupo visando prevenir problemas nutricionais e aumentar a qualidade de vida desses pacientes.