Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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BALÉ: UMA NOVA ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO DE SAÚDE E EDUCAÇÃO PARA MENINAS DE BAIXA RENDA
Carla Valentina Melo de Matos, Camila Moreira Nobre Bonfim, Ivna Silva Gonçalves, Joseane Marques Fernandes, Isabelle Luanna Gonçalves Tavares, Miller Barreto de Brito e Silva, Fábio Castelo Branco Girão

Resumo


Caracterização do Problema: A dança vem adquirindo mais importância na formação pessoal dos infantes por trazer grandes contribuições para o processo de saúde, através do reforço a autoestima, a autoimagem, a autoconfiança e o autoconceito. Torna-se possível destacar a relevância dessa atividade no desenvolvimento físico, social e emocional dos aprendizes. Essas características estimulam a produção de saúde e favorecem a conscientização de que o ato de cuidar é um processo ativo de construção continuada e responsabilidade partilhada. Descrição da Experiência: As aulas de balé são oferecidas por um profissional de saúde para 12 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade, vítimas da desigualdade social, negligência familiar, abandono e violência que possuem em média 11 anos, sendo todas do sexo feminino. As aulas acontecem na varanda da casa de uma associação e tem como objetivo proporcionar um espaço de aprendizagem e cuidado. Durante todas as atividades são passadas noções de saúde, cuidado com o corpo e disciplina.  Ao tirar os alunos das ruas e oferecer um ambiente seguro, com lazer, cultura, interação social e espiritualização, pretende-se colaborar com a formação de cidadãos mais comprometidos, críticos e com uma visão social mais ampla. Efeitos alcançados: Mesmo sem uma estrutura ideal, as aulas de dança ocorrem com êxito, facilitando a autopercepção, o autoconhecimento, o auto cuidado e a elevação da autoestima dos envolvidos. O contato com a música clássica também desperta as alunas para uma vertente musical com a qual elas não convivem no cotidiano, evidenciando a possibilidade de contato com formas de arte e cultura desconhecidas. Além disso, percebe-se, nesse espaço, o surgimento não planejado de momentos de reflexão e discussão acerca do que é certo e errado, bem como das regras de boa convivência. Conclui-se que as aulas de balé não só ensinam uma arte, mas favorecem os processos de saúde em sua forma, mas completa, pois trabalha corpo, mente e espírito favorecendo a formação crítica e holística de jovens vulneráveis. Recomendações: É recomendável que haja mais ações desse tipo no campo da saúde que envolva processos sociais comunitários. Assim como, que ocorra continuidade dessas aulas e a ampliação do contato com outras formas de arte para que o trabalho na formação dessas jovens seja continuado e expandido, dando-lhes a oportunidade de vivenciar a saúde e a educação como parceiras na formação da qualidade de vida do homem.