Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RELATO DE EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICAS DE ENFERMAGEM AO APLICAR A EFE
Lucelia Malaquias Cordeiro, Priscila Nunes Costa Travassos, Maria Roberta Freitas de Melo, Maria Eliana Peixoto Bessa

Resumo


Introdução: Uma das mais importantes mudanças demográficas que o Brasil experimentou ao encerrar o século XX foi o acentuado envelhecimento da estrutura etária da população. Com essa mudança no perfil demográfico do Brasil, temas pouco abordados, como por exemplo, as síndromes geriátricas, ocupam destaque. A fragilidade em idosos é um conceito emergente, complexo e controvertido que faz referência à condição clínica desfavorável ou não ótima de idosos. Para facilitar a identificação de indivíduos frágeis foi elaborada a Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE), a qual foi adaptada e validada para o contexto brasileiro. Esta escala representa uma proposta clínica completa que considera que aspectos de cognição, humor e suporte social também podem ser indicadores de fragilidade entre idosos. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicas de enfermagem ao aplicar a EFE em idosos residentes em uma instituição de longa permanência. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência das acadêmicas de enfermagem, por ocasião do desenvolvimento de uma pesquisa extracurricular oriunda de temáticas abordadas no grupo de pesquisa Saúde Coletiva da Universidade de Fortaleza. Esse relato foi desenvolvido a partir da aplicação de uma escala em idosos residentes em instituição de longa permanência na cidade de Fortaleza-CE. Resultados e discussões: No primeiro momento, observou-se naturalidade dos idosos com relação à nossa presença, acadêmicas de enfermagem, na ILPI. Ao aplicar a EFE, percebeu-se que a grande maioria dos idosos mostrou-se receptivos e ativos nas respostas. Nota-se que o questionário é objetivo, rápido e de fácil aplicabilidade. Porém, avistamos uma dificuldade em alguns idosos quando pedíamos para que desenhassem os ponteiros e números do relógio, em um circulo já delimitado. Os idosos mostraram dificuldade e limitação para lembrar-se da ordem dos números bem como o registro da hora solicitada. Conclusão: A realização do estudo permitiu que pudéssemos entrar em contato com a EFE, que era pouco conhecido por nós, e proporcionou maior conhecimento sobre a mesma e sua importância, e os meios de como aplicá-la nos idosos. Vale ressaltar também que essa experiência como pesquisadoras trouxe ensinamentos diante a forma de abordar o pesquisado, explicar a pesquisa, e comportamento diante do mesmo.

Palavras-chave


Idoso Fragilizado; Instituição de Longa Permanência para Idosos; Enfermagem.

Referências


1. FABRÍCIO-WEHBE, S. C. C. Adaptação cultural e validação da   “Edmonton Frail Scale” (ESF) – escala de fragilidade em idosos. 2008. 184 f. Tese (Doutorado) – Programa Interunidades de Doutoramento em Enfermagem entre Escola de Enfermagem/ Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto, 2008.

2. LEBRÃO, M. L. SABE: Saúde, Bem-estar e Envelhecimento – O Projeto Sabe no município de São Paulo: uma abordagem inicial. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, p. 10, 2003.

3. ROLFSON, D. B.; MAJUMDAR, S. R.; TSUYUKI, R. T.; TAHIR, A.; ROCKWOOD, K. Validity and reliability of the Edmonton Frail Scale. Age Ageing, v. 35, p. 526-529, jun. 2006.

4. TEIXEIRA, Ilka Nicéia D’aquino Oliveira. Percepções de profissionais de saúde sobre duas definições de fragilidade no idoso. Ciência & Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, n. 4, p.1181-1188, 2008.