Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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VULNERABILIDADE FEMININA AO HIV/ AIDS: DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DA EPIDEMIA
Priscila França de Araújo, Monalisa Abrante Mariano, Olga Brito Barbosa Feliciano, Diane Sousa Sales, Pamela Campelo Paiva, Ana Maria Fontenelle Catrib

Resumo


A epidemia da Aids é  uma realidade para as mulheres desde a década de 1980,  porém, as estratégias eram voltadas, apenas, para as mulheres que eram parceiras de usuários de drogas injetáveis, prostitutas e hemofílicas. A partir da década de 1990, iniciaram movimentos que objetivavam demonstrar para as mulheres as situações de vulnerabilidades sociais e individuais, empoderando-as e tornando-as agentes multiplicadoras da redução da epidemia. Objetivou-se conhecer as situações de vulnerabilidade de mulheres com relacionamentos estáveis. Estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado em uma Unidade Básica de Saúde no município de Cascavel-Ce, com vinte e cinco mulheres com relacionamento estável, na faixa etária de 16 a 59 anos, no mês de junho de 2013. Desenvolvemos um grupo aonde abordamos as DSTs, após aplicamos um formulário abordando o comportamento das mesmas sobre as DST/Aids. Os resultados foram apresentados através de dados em porcentagens. Participaram do grupo 25 mulheres, sendo 09 (36%) solteiras e 16 (64%) casadas. No tocante as solteiras: observamos que o número de parceiros nos últimos 12 meses foram 01 (11%) nenhum parceiro, 06 (67%) um parceiro, 01 (11%) dois parceiros, 01 (11%) de três a cinco parceiros. Quanto ao tipo de exposição 08 (89%) tiveram relações sexuais sem uso de preservativo e 01 (11%) não teve relação sexual nesse período. Ao questionarmos sobre o uso do preservativo com o parceiro fixo 06(67%) usam as vezes, 01 (11%) nunca usa e 02 (22%) não tem parceiro fixo. Em relação ao uso do preservativo com parceiros eventuais 06 (67%) informam não ter parceiros eventuais e 03 (33%) usam sempre. Em relação às casadas a exposição de risco 15 (94%) não utilizam preservativos durante as relações sexuais e 01 (06%) não se identificou como tendo risco. A respeito do uso do preservativo com parceiro fixo 10 (63%) nunca usam, 05 (31%) usam ás vezes, 01 (06%) usa sempre. Quanto ao uso de preservativos com parceiros eventuais 13 (81%) não tem parceiros eventuais e 03 (19%) informaram usar sempre. Foi possível observar que a vulnerabilidade das mulheres em adquirir alguma DST encontra-se elevada, pois as mesmas ainda não aceitaram o uso do preservativo em todas as relações sexuais com seus parceiros fixos e/ou eventuais. Portanto faz-se necessário elaborar estratégias educativas voltadas para homens e mulheres conscientizando-os acerca da importância da prevenção das DST como responsabilidade do casal.

Palavras-chave


infecções pelo HIV; mulheres; vulnerabilidade e saúde

Referências


BRASIL.Ministério da Saúde.Plano Integrado de ENFRENTAMENTO da FEMINIZAÇÃO da Epidemia de Aids e outras DST. Brasilia, 2007. Disponível em :http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_feminizacao_final.pdf