Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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PET-SAÚDE: CONTRIBUIÇÃO DA TERAPIA OCUPACIONAL À ATENÇÃO FARMACOTERAPÊUTICA EM PACIENTES HIPERTENSOS
Deise da Silva Suzano, Monique Cristine Almeida, Lívia Rodrigues Mendes, Gabrielle Rodrigues de Mattos Costa, Lilian Dias Bernardo, Janaina D. Líbano Soares, Mira Wengert

Resumo


Dados da Vigitel/2011, afirma ser o Rio de Janeiro o estado mais acometido pela hipertensão arterial sistêmica (HAS), doença crônica que acomete 28% dos brasileiros, tornando-se alvo de muitos estudos correlacionando os agravos e complicações oriundas da HAS com a qualidade de vida (QV), pois seu controle implica em modificar hábitos e estilo de vida. Diante desse contexto, a implantação do Programa de Educação pelo Trabalho (PET-Saúde) é muito importante para ampliar o acompanhamento no tratamento desses pacientes, junto a Unidade Básica de Saúde que é porta de entrada do SUS. Objetivo: Avaliar a qualidade de vida dos pacientes hipertensos, atendidos na Clínica da Família Olímpia Esteves, para o desenvolvimento, posterior, de estratégias para melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Metodologia: O trabalho foi realizado em etapas: captação, entrevista (anamnese detalhada) e aplicação de instrumentos para a avaliação da QV: Formulário Abreviado de Avaliação em Saúde 36 (SF-36) e Perfil de Saúde de Nottingham (PSN). Resultados: O SF-36 é um instrumento de fácil aplicação e compreensão, mensurando aspectos multidimensionais da saúde. Possui 36 itens, englobando 8 domínios: capacidade funcional, aspecto físico, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspecto social, aspecto emocional e saúde mental. O PSN apresenta 38 itens, que fornecem medidas simples de saúde física, social, com respostas no formato sim/não. Foram avaliados 35 pacientes: 86% mulheres; 14% homens; 60% maior de 60 anos; 34% tiveram AVC; 28% tem diabetes; 22% com osteopatias e 37% outras doenças. Os instrumentos indicam que 91,4% dos pacientes entrevistados tem sua QV alterada em decorrência de dor, 45,7% apresentam prejuízos na capacidade funcional, 60% nos aspectos emocionais e 50% na percepção que tem de seu estado geral de saúde. Percebemos que as mulheres com mais de 60 anos, com osteopatias, tem sua QV mais prejudicada pela dor. Agravos decorrentes da HAS e fatores do processo de envelhecimento afetam a QV, com relevante prejuízo emocional. Conclusão: O trabalho realizado pelos acadêmicos bolsistas de Terapia Ocupacional que integram a equipe PET-Saúde evidencia a importância de estudar os impactos que a HAS acarreta na QV dos pacientes.

Palavras-chave


Hipertensão; Qualidade de vida; SF-36; Atenção primária.