Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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CONTRIBUIÇÕES DO CENTRO DE EDUCAÇÃO PERMANENTE EM ATENÇÃO À SAÚDE NA FORMAÇÃO DOS PROFISSIONAIS PARA O SUS
Camila Alves Soares, Abigail de Paulo Andrade, Maria de Fátima Façanha Elias Reis, Luciana Rocha Lopes da Costa, Carolina Barbosa Jovino de Souza Costa

Resumo


No Ceará, em 1993, influenciada pelo movimento da Reforma Sanitária, surge a Escola de Saúde Pública do Ceará – ESP/CE, com as prerrogativas da Saúde Pública, da Educação Permanente e da formação e do aperfeiçoamento de recursos humanos para o SUS. Neste âmbito também surge, em 2011, o Centro de Educação Permanente em Atenção à Saúde (CEATS), tendo como missão promover a formação e educação permanente em Atenção à Saúde, a partir das necessidades sociais, dos princípios SUS e dos indicadores de saúde do Estado, considerando as políticas públicas de saúde, por meio do tripé ensino-serviço-comunidade. A Política Nacional de Educação Permanente em Saúde e a Portaria MS/GM nº 1.996/07 são os principais marcos legais da área e, através delas, almeja-se trilhar um processo de construção coletiva de uma política de educação para o SUS, calcada na escolha na Educação Permanente como ato político, através do estabelecimento de processos vivos de gestão participativa e transformadora, baseada na perspectiva de descentralização e disseminação da capacidade pedagógica. Através de parcerias interinstitucionais com o Ministério da Saúde e da Justiça, com a Secretaria Estadual de Saúde e com os Centros Regionais de Saúde do Trabalhador (CEREST) vem sendo realizadas, nos últimos três anos, formações para trabalhadores de saúde e área afins relacionadas às temáticas: Atenção Primária à Saúde, Atenção Integral aos usuários de drogas, Saúde Mental, Saúde do Trabalhador, do Adulto, do Adolescente, do Idoso, Saúde Ocular e Terapia Intensiva. Através dessa proposta, temos como efeitos alcançados, até o momento: a descentralização das formações para o interior do estado, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde, um maior comprometimento com as necessidades de saúde locorregionais, o estímulo a práticas inovadoras e éticas no cuidado em saúde, a troca de experiências profissionais, o estímulo à gestão compartilhada e à participação social. Acreditamos que a continuidade das ações de formação que promovam, além da aquisição de novos conhecimentos, o (re)pensar os saberes e práticas tecidos no cotidiano do trabalho suscitam, é imprescindível para a consolidação do SUS.

Palavras-chave


Educação Permanente à saúde; Formação; Processo de trabalho

Referências


Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação em Saúde. Política Nacional de Educação Permanente em Saúde/Ministério da Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Departamento de Gestão da Educação em Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2009. 64 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde) (Série Pactos pela Saúde 2006; v. 9) ISBN 978-85-334-1490-7

CECCIM, R. B. Educação permanente em saúde: desafio ambicioso e necessário.

Interface – Comunicação, Saúde, Educação, Botucatu, v.9, n.16, p.61-177, 2005a.


Escola de Saúde Pública do Ceará. Projeto político pedagógico. Fortaleza, 2012.