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Para tornar-se um bom profissional da saúde, um acadêmico carece não somente do conhecimento teórico, mas também de uma boa inserção em campos de práticas nos primeiros anos de ensino, sendo esse pouco presente de forma uniforme nas universidades, o que certamente agregaria valor positivo a futura realidade profissional em todos os níveis de serviços de saúde oferecidos, quando a prática precoce ocorre de forma positiva. Com o intuito de corroborar tal importância das atividades práticas na formação profissional, ilustra-se neste a experiência vivenciada por extensionistas acadêmicos de Medicina e profissionais Residentes em Saúde da Universidade Federal do Amazonas durante o ano de 2013, no município de Novo Airão, estado do Amazonas, pelo “Programa Saúde e Cidadania”. O Programa desenvolve ações de educação popular, com o propósito de desenvolver atuações que abrangem a educação em saúde, promoção de saúde, prevenção, reabilitação e manutenção, atuando em parceria com a Prefeitura e as Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social. Em um primeiro momento, os extensionistas ao planejarem o campo de prática, imprescindivelmente verificam quais as necessidades do município diante das linhas de atuação do programa. No segundo momento os mesmo, em conjunto com os residentes, desenvolvem propostas estratégicas para aplicabilidade, sob a supervisão de um docente. No terceiro momento ocorre a aplicação “in loco” das propostas planejadas para, neste caso, no campo nutricional, o público escolar de quatro escolas municipais, totalizando cerca de 600 crianças entre 3 a 16 anos, readaptando as ações conforme a necessidade do público local. Os extensionistas ao realizarem essa troca de conhecimentos técnico-científicos e populares e, principalmente, ao desenvolverem ações de promoção de saúde e educação em saúde com metodologias ativas, obtiveram uma vivência das necessidades da população e maior contato com a realidade do atendimento profissional, desenvolvendo assim suas habilidades práticas e o trabalho em equipes multiprofissionais, sempre em benefício da população atendida, por fim evoluindo seu caráter humanizado, substancial à prática de saúde. Levando em consideração as ações positivas vivenciadas em atividades como essa, percebe-se a necessidade de uniformizar nas Universidades iniciativas de prática e extensão popular, envolvendo graduandos, residentes, comunidade, órgãos governamentais e universidades, para todos os futuros profissionais de saúde.

Educação em Saúde; Promoção da Saúde; Relações Comunidade-Instituição; Integração Comunitária; Relações Interprofissionais; Saúde Coletiva.