Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


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RELATO DE EXPERIÊNCIA DO PET REDES DA UFRGS - REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL (RAPS) – CUIDADOS EM SAÚDE MENTAL E ÁLCOOL E OUTRAS DROGAS A JOVENS E ADULTOS
Maria Gabriela Curubeto Curubeto Godoy, Roberto Henrique Amorim, Alexandra Marques, Angélica Adamoli, Camila Azevedo Romano, Carmen Vera Passos Ferreira, Daniela da Cunha Calsa, Janaíra Quadros, Leila Senna, Letícia Quarti Soares, Alice Assarian, Andréa Gastal, Anna Cláudia Dilda, Diego Carrilho, Karina Rocca, Hellen Teixeira Pires, Lisiane Silveira da Rosa, Narte Kalikoski, Rafael Firmino Ballester, Samir Bandeira, Stephani Catherini Paz Brondani, Vitória Schütt Zizemer

Resumo


Introdução: A experiência do PET REDES RAPS da UFRGS integra diversos serviços do distrito Glória-Cruzeiro-Cristal de Porto Alegre/RS a partir de um processo participativo de elaboração da proposta entre tutores e preceptores. Este PET também é experiência-piloto para uma pesquisa sobre seu impacto na formação de alunos, preceptores e tutores. Objetivos: Proporcionar vivência na RAPS realizando atividades diversificadas junto às equipes de diversos serviços de saúde. Metodologia: Doze alunos oriundos de diversos cursos da área da saúde da UFRGS participam de atividades individuais e coletivas, reuniões de equipe, parcerias interinstitucionais e intersetoriais, exercícios de cartografia dos fluxos de alguns usuários no território, registrando suas vivências e impressões em diário de campo. Os campos de estágio contam com um grupo de preceptoria multiprofissional, distribuindo-se entre diversos componentes da RAPS: Consultório na Rua; ESF São Gabriel; Centro de Testagem e Aconselhamento; Oficina Geração POA; Secretaria Municipal de Saúde; Unidade Álvaro Alvim (hospital). Resultados: Os alunos do PET destacam a aprendizagem recíproca junto às equipes, usuários e comunidade, referindo sensibilização e engajamento ao vivenciar relações mais humanizadas, atuação interdisciplinar, e formação social que contribui para modificar seu imaginário a respeito do cuidado em saúde. Referem maior crescimento pessoal e profissional, ampliando sua compreensão das necessidades em saúde. Ressaltam, ainda, a necessidade de o PET transformar-se em um componente curricular sistemático. As preceptoras do PET valorizam a vivência dos alunos em serviços do SUS; o trabalho coletivo em equipe; a convivência com diferentes tipos de usuários – desde os que exigem cuidado mais intensivo aos que estão em processo de ampliação da autonomia e maior inclusão social; ações de matriciamento e parceria intersetorial; ações de saúde focadas no cuidado e não apenas no diagnóstico e na doença - como as oficinas de geração de renda, as ações coletivas e de aconselhamento. Entre os efeitos do PET está a emergência de um novo olhar sobre a rotina diária dos serviços, o território e as necessidades dos usuários. A presença dos alunos favorece questionamentos à equipe a respeito dos processos de trabalho e cuidado nos serviços. Essas questões sugerem que este PET está em consonância com a reorientação da formação profissional em saúde ao potencializar o trabalho em equipe e a atuação em rede para o SUS.

Palavras-chave


PET; Atenção Psicossocial, Cuidado em rede

Referências


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