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A proposta do presente estudo é abordar o processo da reforma psiquiátrica no município de Parnaíba-Piauí, buscando o acesso a partir de qual seja a ideia de doença mental, as concepções culturais de loucura, partindo de determinados setores da sociedade parnaibana. Uma análise do que Paulo Amarante define como a dimensão sociocultural do complexo processo de reforma psiquiátrica no Brasil. Para isso tem-se pesquisado desde as primeiras experiências por reformulação da prática e da assistência psiquiátrica no período pós guerra em países da Europa e nos Estados Unidos, atentando para o cenário brasileiro  com suas peculiaridades enquanto processo complexo; mas destacando a realidade piauiense, cenário da pesquisa, com seus avanços e limites. Para isso é analisado como se deu a assistência psiquiátrica em terras piauienses desde seus primeiros serviços, quando perduraria e centraria-se, sobretudo na Capital Teresina por muitas décadas, finalmente chegariam as primeiras experiências de descentralização e interiorização da saúde mental no estado. Também destaca-se a implantação dos primeiros serviços substitutivos paralelamente à substituição de leitos psiquiátricos em instituições asilares, já nos anos 2000. Portanto, pretende-se um estudo de cunho social, ao refletir questões como as que envolve as concepções do que seja loucura, fenômeno que foi político, histórico e culturalmente transformado em doença mental; além de buscar entender se ocorre um processo de mudança na relação entre sociedade e a ideia de patologia mental, e como tem se dado a prática psiquiátrica em Parnaíba. Considerando que é uma pesquisa de extrema pertinência, que exige responsabilidade e comprometimento social, para um pesquisador imbricado nessa realidade.

doença mental, reforma psiquiátrica, sociocultural