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A equipe de saúde da família(ESF) tem acesso privilegiado à realidade cotidiana do seu território adscrito,e por muitas vezes se depara com indivíduos singulares que formam uma rede de apoio a diversas famílias, onde facilmente pode ser identificada como um pilar de apoio comunitário.Trata-se de indivíduos com características marcantes e espírito de liderança, que não raro são o elo da comunidade com a unidade de saúde, servindo de representação social e estimulando a promoção de saúde legítima . Em face ao óbito inesperado desses indivíduos se quebra toda uma continuidade de ações e desestruturando a organização do ambiente comunitário.Diante deste fato, surgem duas questões: como a ESF pode atuar junto a essas famílias, minimizando as seqüelas desta ausência e como atuar junto aos usuários que se assemelham ao perfil junguiano “Curador ferido.Para responder a tais quesionamentos, foi realizada inicialmente uma busca ativa da família e demais estruturas integrantes deste círculo. Através da montagem dos familiogramas, foi possível delinear com a maior exatidão os pontos de atuação deste pilar familiar e que proporções tomou a perda deste. A partir da identificação destes casos, ações foram tomadas para individualizar os cuidados e apoiar as famílias até então desamparadas.Neste movimento, buscou-se estimular o auto cuidado, a resiliência e a autonomia. O processo de retomada desse equilíbrio pode contar com a atuação da equipe de saúde da família, uma vez que compreende a formação de novas redes sociais.Recorrendo a literatura, é possível perceber que existe uma lacuna de conhecimento no que diz respeito ao tema morte pelo olhar de saúde da família e através da discussão deste caso, espera-se trocar experiências e levantar a discussão acerca do enfrentamento do óbito de um pilar social e as ações da equipe de saúde da família.