Tamanho da fonte: 

Participar do projeto VER SUS, nasceu da vontade em desconstruir alguns conceitos relativos aos conhecimentos adquiridos enquanto acadêmica e ex- trabalhadora da Saúde em outra região, como Agente Comunitária de Saúde, e não agregara os conhecimento científicos aprimorados na Universidade Federal do Pampa - campus São Borja, no curso de Serviço Social. Busquei pesquisar e interpretar as vivências da relação com o SUS na região do pampa, na cidade de Uruguaiana. O VER SUS iniciou na cidade de Alegrete com um grupo de 21 acadêmicos, quatro dos quais foram os Facilitadores, e contamos com docentes, apoiadores, gestores dos municípios abrangentes, e logo após fomos subdivididos em dois grupos. A realidade do SUS, propôs a repensar a real importância do Sistema Único de Saúde no Sul do Pampa, especificamente na cidade de Uruguaiana com seus indicadores da qualidade de vida, sua operacionalidade, que está a mercê do funcionamento da Saúde preventiva do município. Os desafios superados a cada dia e desnudados para nós acadêmicos foram impactantes. A realidade exposta, poderia dizer que vislumbrei no ventre a sua essência, enxerguei suas entranhas e as veias abertas, o sangue que corre, e a pele borbulhante, uma realidade apaixonante e ao mesmo tempo revoltante na Saúde do sul do país . Uma cidade, com ampla infraestrutura nos prédios da Saúde, profissionais competentes, alguns trabalhando em desvio de função, para a Atenção Básica funcionar. Há uns projetos de promoção à saúde, com pouca adesão e credibilidade. Os usuários priorizam necessecidades de saneamento, de médicos, enfermeiras, agentes de saúde, dentistas, concursados com remuneração justa. É uma cidade com alto índice em mortalidade infantil, a quarta no país por infecção de Aids, elevado índice de mortalidade materna, gravidez na adolescência e dependência química, e existem dados comprovados na clinica renal do município que, setenta e cinco por cento dos casos de diálises poderiam ser evitados com a prevenção. Urge qualificar os gestores da saúde, construir projetos de pesquisa e extensão com as Universidades e juntos Conselhos de Representação Popular, controle social e instrumentalizando as comunidades, que articulados em rede, de fato, ao aplicar os projetos do Ministério da Saúde e com diagnósticos, adequar a realidade do município, para construir cidadania e qualidade de vida na Saúde, como garantia de direitos.