Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Projeto VERSUS - Vivências e Percepções na AP 5.3
Beatriz Costa Soares, Moysés Pontes, Jéssica Fernanda Silva de Melo, Jessyca Monteiro, José Rodrigo França, Monique Darling, Thayza Sant'Ana

Resumo


Caracterização do ProblemaDe acordo com o site da OTICS, o projeto realizado pelos autores do presente trabalho na Área Programática (AP) 5.3, pretende: “estimular a formação de trabalhadores para o SUS, comprometidos eticamente com os princípios e diretrizes do sistema e que se entendam como atores sociais, agentes políticos, capazes de promover transformações”. Estágio este, que proporcionou uma visão ampliada da área de saúde nesta região, visto que esta prática é deficiente nos currículos da maioria dos profissionais de saúde.Descrição da ExperiênciaDurante o período de vivência conhecemos diferentes unidades de saúde, principalmente da atenção básica, porém passando ainda por serviços de média e alta complexidade.Além de conhecer a estrutura física, a lógica de funcionamento das mesmas e suas qualidades e dificuldades, também participamos de conversas com gestores locais, rodas sobre os modelos assistenciais de saúde, reunião de equipe de saúde da família, mesa redonda sobre controle social, workshop sobre insulinoterapia, palestras sobre NASF e educação permanente, participamos do Conselho Distrital de Saúde, visitamos um Centro de Referência da Juventude, a Coordenação da AP 5.3 e ainda uma creche e uma escola que participavam do Programa Saúde na Escola.Efeitos AlcançadosCom o encerramento das atividades do estágio e a realização de uma discussão e problematização de tudo aquilo que foi vivenciado, ponderamos que a atual “terceirização” da gestão (através das Organizações Sociais) seria o nó crítico do avanço das ações em saúde quando se considera a qualidade da atenção, uma vez que baseiam suas atividades no avanço quantitativo das unidades e programas de saúde, colocando em segundo plano a qualidade dos serviços ofertados à população adscrita.RecomendaçõesÉ fato que a expansão da Atenção Básica na A.P. 5.3 não teria ocorrido tão rapidamente sem a parceria com as Organizações Sociais da Saúde. Parece-nos, entretanto, que a ampliação da mesma está intimamente ligada a uma lógica produtivista, em detrimento a uma real promoção da saúde, uma vez que as metas foram demasiadamente enfatizadas, e a qualidade da assistência relegada a um segundo plano. Nesse impasse, a pergunta que nos intrigou foi se um sistema que se pretende universal, integral, equânime, consegue dar conta destes princípios em um panorama quase mercadológico. Acreditamos ser difícil, sendo fundamental, portanto, os avanços da qualidade e da avaliação da atenção prestada à população.