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A Estratégia de Saúde da Família (ESF) tem por objetivo reorganizar a prática assistencial, entendendo a família como o centro das ações centradas no usuário e interação com o meio onde vive. Atualmente a fisioterapia ainda não se mostra totalmente integrada na ESF, já que os atendimentos se restringem a centros de reabilitação e serviços de atenção secundária, o que ocasiona uma demanda reprimida nestes locais, gerando longas filas de espera e burocratização no acesso aos serviços. Diante desta realidade, este trabalho teve como objetivo investigar o conhecimento dos usuários sobre a fisioterapia e suas percepções acerca da atuação dos profissionais de fisioterapia junto à ESF. A pesquisa se caracteriza por um estudo transversal de abordagem qualitativa e quantitativa, realizada junto aos usuários do Serviço de Fisioterapia do Hospital Santa Casa de Caridade de Uruguaiana/RS. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário, composto de oito questões abertas e fechadas. Estes questionários foram aplicados a 16 usuários, abordados antes ou depois das sessões de fisioterapia, conforme sua disponibilidade de horários. Os usuários que participaram do estudo apresentam idade média de 41,75 (±19,14) anos, sendo oito do sexo masculino e oito do feminino. Verificou-se que a maior parte dos pacientes entrevistados precisam se locomover grandes distâncias para receber atendimento, já que não residem no mesmo Bairro em que o Hospital está localizado. Os principais motivos que levaram os usuários a procurar o serviço de Fisioterapia foram lesões musculares, acidentes de trabalho e de trânsito, fraturas e procedimentos cirúrgicos. A maior parte dos entrevistados afirmou não ter em seu grupo familiar pessoas que já foram atendidas pelos serviços de fisioterapia. Quanto a possibilidade de atuação do fisioterapeuta, apontaram os pacientes neurológicos, acamados, doenças respiratórias, deficientes físicos e lesões musculares e esqueléticas. Percebeu-se que a maioria dos usuários identificou a necessidade de inclusão do fisioterapeuta na equipe de ESF, justificando este relato pela facilidade de acesso ao serviço, pois a atenção estaria centrada no usuário, viabilizando o acesso para pessoas que possuem dificuldades de locomoção e minimizando os gastos. Pelas falas dos usuários percebeu-se que estes compreendem a importância da fisioterapia e sua inserção junto à ESF, apesar de não conhecer todas as possibilidades de atuação deste profissional junto à comunidade.