Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Processo de regionalização da saúde na região metropolitana II do Rio de Janeiro: algumas observações a partir da Atenção Básica em Saúde
Marta Alves dos Santos, Luciana Doria de Góes da Conceição, Dayeny Karyne Cordeiro Sabino, Monica de Castro Maia Senna, Luana Nunes da Silva

Resumo


Entendemos a regionalização como um processo político que dentre outras questões, visa a integração entre as redes de saúde entre as diferentes regiões geográficas que compõem o país. Diante da complexidade de questões que permeiam essas regiões e do recente incentivo para o processo de regionalização em saúde, cabe analisar como vem se dando essa relação entre os municípios e como esse processo recai sobre a população usuária.Entendemos que para a materialização de princípios como a universalidade, a integralidade e a equidade, torna-se imprescindível a interlocução entre os municípios em prol das reais necessidades da população, não deixando de levar em consideração os aspectos culturais, territoriais, sociais e econômicos. Dessa forma, esse estudo tem o objetivo de analisar os limites e as possibilidades para a materialização do processo de regionalização na Região Metropolitana II do Rio de Janeiro - composta pelos municípios de Niterói, Maricá, São Gonçalo, Itaboraí, Tanguá, Rio Bonito e Silva Jardim - , tendo como foco a Atenção Básica em Saúde.Este estudo se encontra em andamento e a metodologia utilizada é a seguinte: pesquisa bibliográfica; análise dos documentos elaborados sobre a regionalização em saúde da Região Metropolitana II do Rio de Janeiro; estudo qualitativo – até o momento foram realizadas duas entrevistas semi-estruturadas com gestores que fazem parte diretamente do processo de regionalização na referida região.Podemos perceber que falta de integração entre as redes de saúde dos municípios foi remetida à aspectos como a precariedade dos serviços de saúde, a falta de financiamento para o setor, as disputas políticos-partidárias, a rotatividade dos profissionais de saúde e a falta de capacitação para os profissionais que atuam enquanto gestores da saúde. Tais questões foram destacadas, a partir da pesquisa realizada, como principais dificultadores para a materialização do processo de regionalização na Região Metropolitana II do Rio de Janeiro. Nessa região, o referido processo se iniciou devido a necessidade dos municípios de disponibilizarem o acesso da população aos serviços de saúde indispensáveis para a produção do cuidado em saúde. Observamos que, ao mesmo tempo em que se percebeu tal necessidade de integração e cooperação entre os municípios e suas redes de saúde, muitos foram os empecilhos para a construção de possíveis caminhos para o processo de regionalização em saúde.