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O Projeto OnCoTô visa disponibilizar mapas digitais sempre atualizados das áreas de abrangência das Unidades Básicas de Saúde(UBS) e das microáreas de atuação dos Agentes Comunitários de Saúde(ACS) de Betim, Minas Gerais. Esses mapas são integrados no mapa digital do município, possibilitando geoprocessamento com georreferenciamento de dados colhidos de eventos relacionados à saúde dos indivíduos, famílias e populações e a produção de informações georreferenciadas a partir da Rede Básica. O uso de mapas digitais com agregação de dados ao nível das áreas de abrangência das UBS e microáreas de atuação dos ACS para o seu georreferenciamento, representa poderoso recurso informacional que vincula tais eventos à perspectiva geográfica dos territórios onde ocorrem, integrando dados de diversas fontes e ao longo do tempo, numa composição informacional complexa e sofisticada que contribui para a abordagem territorial como processo histórico e social. A incorporação dessa tecnologia ao processo de trabalho dos ACS tem o potencial de tornar a construção e manutenção dos mapas digitais das áreas de abrangência e microáreas mais ágil e eficaz, contribuindo também para promover a desalienação desses trabalhadores em relação aos dados que manipulam e às informações produzidas, desenvolvendo neles a capacidade de representação cartográfica dos percursos que eles realizam a pé diariamente. A desalienação do trabalho no processo de coleta, processamento e disseminação de dados é condição essencial para a qualificação da informação e sua incorporação à produção do conhecimento e ao processo decisório. O nome aqui proposto para o projeto – OnCoTô, é uma corruptela de “onde que eu estou”, no dialeto mineiro ou montanhês, que é falado na região central de Minas Gerais. A escolha desta expressão para denominar este Projeto procura associar o georreferenciamento, através da pergunta essencial de quem busca se localizar, ao modo mineiro em geral e betinense em particular de construção dos seus territórios.