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Caracterização do Problema: A Política Nacional de Atenção Básica percebe a família como um sistema relevante no processo de saúde/doença, acreditando que a implantação da Estratégia Saúde da Família acenou a necessidade de uma prática clínica ampliada para os usuários do sistema. Com isto, a Gestão da Clínica e o Projeto de Apoio Singular (PAS) tornam-se necessários no cotidiano da produção do cuidado em saúde e o seu desenvolvimento exige uma articulação dos diversos saberes, a busca pela construção de relações horizontais e o desenvolvimento de competências profissionais norteadas pelo modelo da complexidade. Descrição da Experiência: Assim, o Complexo Comunitário Vida Plena considera o PAS como um experimento pedagógico/assistencial/científico, que possibilita a integração entre a graduação e a pós-graduação multiprofissional, de modo a participar dos grupos familiares da área adscrita, desenvolvendo ações com vistas à intersetorialidade, promoção da saúde e prevenção dos agravos, além de propiciar o desenvolvimento de competências nos estudantes envolvidos. Para subsidiar melhor o acompanhamento das famílias, a equipe de saúde elabora o PAS (principalmente para as famílias as selecionadas mediante critérios de vulnerabilidade) em um processo de construção coletiva (equipe e família) em torno de uma situação de interesse comum, seguindo os seguintes passos citados por Gastão Wagner Campos (2002): Coidentificação do problema; Coprodução do projeto; Cogestão; e Coavaliação do processo. Para isto, alguns instrumentos de avaliação da família são aplicados, como familiograma, ecomapa, diagrama de relações familiares e outros. Efeitos Alcançados: Atualmente, algumas famílias já são acompanhadas a partir do PAS e, futuramente, linhas de pesquisa serão implantadas com os seguintes temas para melhor avaliação do que é desenvolvido: perfil biopsicossocial das famílias atendidas em domicilio; impacto do PAS no olhar das famílias participantes; e avaliação do impacto do PAS na formação dos acadêmicos. Recomendações: O projeto de apoio singular permite a equipe acessar a singularidade de um caso, criar sentidos e relações onde já não está mais prioritariamente em jogo a adequação do usuário ou da equipe a um plano de normalidade da vida, e sim ao plano resultante de uma cogestão. Assim, é importante o respeito à autonomia do usuário, visando não impor os objetivos da equipe, caso não estejam em consonância com os do usuário/família em questão.