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Descrição do problema: A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações, que abrangem a promoção e a proteção da saúde, o diagnóstico, o tratamento e a manutenção da saúde. Para cumprir o seu papel, as equipes de atenção básica necessitam do apoio de equipes especializadas que atuem para garantir a integralidade da atenção e a ampliação do acesso.¹ O apoio matricial é uma estratégia que busca conhecer e interagir com as equipes em seu território; levantamento de dados sobre as demandas em saúde mental; atender as necessidades, realizar visitas domiciliares acompanhadas da equipe.² Esta estratégia confronta a lógica da encaminhamento, evitando-os de forma excessiva e desnecessária ao CAPS, proporcionando a retaguarda especializada da assistência, atingindo um grau maior de resolutividade.Descrição da experiência: Este estudo refere-se a um relato de experiência vivenciado durante estágio curricular da disciplina Saúde Mental II, em UBS no município de Uruguaiana, realizado em outubro e novembro de 2011. O objetivo da atividade foi implementar na prática de ensino o apoio matricial, tendo as visitas domiciliares como um instrumento facilitador, como meio de acolhimento e vínculo, visando potencializar a interatividade, relatando a importância do serviço, de necessidades a serem atendidas e assim, as percepções e expectativas em torno destas.Efeitos alcançados: A experiência de matriciamento vivenciada na disciplina de saúde mental é uma estratégia considerada como um desafio para os próximos anos. Não há dúvida de que implantar e qualificar o apoio matricial é um das principais dificuldades para a Política de Saúde Mental no município. Todavia, o objetivo que era de inserir o usuário na rede básica e CAPS, estes que até então não tinham contato com a rede de saúde, conseguindo intensificar o esforço de tentar garantir o acesso da população à atenção em saúde mental.Recomendações: Acredita-se que o matriciamento busca garantir às equipes das UBS maior apoio quanto à responsabilização do processo de assistência. Recomenda-se que os municípios valorizem a estratégia para que não ocorra sobrecarga dos CAPS e que a lógica do encaminhamento não permeie na atenção básica. Os municípios também não devem esperar apenas pelas disciplinas das Universidades para que o matriciamento ocorra, mas sim, políticas públicas consistentes. É necessária uma reorganização dos serviços de saúde a fim de garantir a integralidade da atenção em todo sistema de saúde. Referências: 1- DIAS, Maria Dionísia do Amaral, et al. Saúde do trabalhador na atenção básica: análise a partir de uma experiência municipal. Trab. educ. saúde (Online) vol.9 no.1. Rio de Janeiro mar./jun. 20112- RABELO, Ionara Vieira Moura. Matriciamento e Saúde Mental na Estratégia Saúde da Família. UNESP/Assis-SP