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Introdução: O preconceito e o descaso da sociedade para com os usuários dos serviços de saúde mental se constituíram por muito tempo em um agravante no tratamento e no processo de reintegração desses pacientes a sociedade, essa exclusão era ainda maior quando envolviam questões relacionadas com DST/AIDS. Nem mesmo com a efetivação dos avanços alcançados com a Lei n° 10.216 da Reforma Psiquiátrica de 2001, que entre outros dispõe sobre a humanização das práticas de tratamento e inclusão social dos portadores de sofrimento psíquico¹, foi possível contornar as questões relacionados ao preconceito, o que acaba gerando dificuldade quanto à reintegração desses pacientes a sociedade, pois estes acabam não encontrando o apoio que necessitam dos amigos e familiares. A efetivação de políticas adequadas de integração e promoção a saúde nos centros de atenção psicossocial e hospitalar pode ser a solução para evitar que os pacientes venham a adquirir algum tipo de DST durante seu tratamento, ou mesmo após sua alta além de orientar os pacientes que já apresentam algum tipo de DST. Para isso a equipe deve preparar esses pacientes utilizando-se de meios que sejam ajustados às necessidades de cada indivíduo. Objetivo: Conhecer as ações desempenhadas pelos profissionais de saúde em relação à prevenção/promoção de DST/AIDS com os pacientes que sofrem de transtorno mental. Material e método: Trata-se de uma revisão de literatura de caráter exploratório, com abordagem qualitativa, cujo levantamento foi realizado através de consultas em base de dados científicos publicados na Biblioteca Virtual de Saúde como Scielo (Scientific Electronic Library Online), Manuais do Ministério da Saúde entre outras bibliografias. A busca das publicações foi realizada através dos descritores: saúde mental, DST/AIDS, promoção em saúde e sexualidade. Discussão: É extremamente imprescindível a presença de profissionais capacitados a lidar com assuntos que envolvam promoção e prevenção de DST/AIDS junto com os pacientes; já que estes encontram-se muitas vezes vulneráveis e sem o apoio adequado dos profissionais que os acompanham, dificultando ainda mais a criação de laços de confiança e troca entre o paciente e a equipe. Os profissionais que se dispõe a engajar-se na construção de uma mentalidade preventiva em saúde mental deve estar disposto a confrontar suas próprias convicções, conceitos e preconceitos, compartilhar dificuldades, buscar soluções e tomar decisões². Conclusão: Através da análise de todo material pesquisado pode-se perceber que apesar de existirem programas voltados para a prevenção de DST/AIDS nem todos os centros de acolhimento aos pacientes psiquiátricos possui profissionais com capacidade de lidar com questões que envolvem sexualidade. Os temas que envolvem sexualidade devem ser vivenciados de forma simples, ajudando a reduzir bloqueios e ansiedade². É necessário, portanto, que os serviços de saúde mental tenham profissionais qualificados e sensibilizados a lidar com questões relacionadas com promoção e prevenção de DST/AIDS, para que assim haja uma assistência integral e de qualidade.