Tamanho da fonte:
A importância do uso de um sistema de informação geográfica no processo de territorialização dos agentes de vigilância em saúde
Resumo
Introdução: As políticas de saúde pública atuais vêm adotando em suas dinâmicas de trabalhos, as definições dos “espaços geográficos” para organizar e estruturar seus serviços de saúde e demais ações juntas à população. Neste sentido, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) da Prefeitura do Rio de Janeiro adota esta prática denominada como territorialização, fazendo uso de um Sistema de Informações Geográficas (SIG), o qual permite uma integração de diferentes tipos de dados, tais como, demográficos, socioeconômicos e ambientais. Objetivo: Produzir em ambiente SIG, uma base cartográfica contendo os territórios de atuações dos Agentes de Vigilância em Saúde (AVS) no Município do Rio de Janeiro, associando o agente, integrado ou não a uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF), ao seu respectivo território por meio de um banco de dados cadastral. Método: Utilizando o programa de SIG ArcGIS, o território é definido com referência a malha de setores censitários produzida pelo IBGE. Considerando a área atual de trabalho do AVS, que originalmente utiliza a referência de quadras, foram identificados quais setores formam a sua área de atuação. A identificação prévia dos setores também ocorreu por meio de arquivo KML (Keyhole Markup Language) no programa Google Earth e por tabelas que continham os códigos dos setores. Cada setor representa uma micro área, cuja utilização justifica-se pela possibilidade de se quantificar e classificar o perfil da população e condições de vida, fazendo uso dos indicadores produzidos pelo Censo do IBGE. A metodologia de produção dos territórios inclui a classificação de áreas pertencentes a ESF, criação de códigos para cada área, identificação de regiões de conflitos entre agentes, avaliação de logística de trabalho e a associação por meio da matrícula do agente a um conjunto de informações cadastrais. Resultados: Este processo gerou um conjunto de dados geográficos em formato vetorial shapefile, por área programática do município do Rio de Janeiro. A primeira versão deste processo identificou um total de 1880 territórios dos quais 37 % fazem parte da ESF. Conclusão: Com o SIG é possível, de forma rápida e integrada, relacionar em um mesmo ambiente computacional as diversas informações que compõem o “espaço geográfico”. A manipulação de um território no formato de informação geográfica possibilita a geração de diversas análises espaciais, sendo um material muito rico para tomadas de decisões.