Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A importância do uso de um sistema de informação geográfica no processo de territorialização dos agentes de vigilância em saúde
Evanelza Mesquita Sabino Quadros, Rafael Luiz do Prado, Márcio Henrique de Oliveira Garcia, Izabela Baptista Galvão, Andreza Santos da Silva, Felipe do Nascimento Gomes, Gustavo Luiz Xavier de Abreu, Thiago Silva da Conceição, Sidclei Queiroga de Araújo, Rafael Pinheiro, Marcos Vinícius de Barros Pinheiros, Marcus Vinicius Nunes Ferreira

Resumo


Introdução: As políticas de saúde pública atuais vêm adotando em suas dinâmicas de trabalhos, as definições dos “espaços geográficos” para organizar e estruturar seus serviços de saúde e demais ações juntas à população. Neste sentido, a Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) da Prefeitura do Rio de Janeiro adota esta prática denominada como territorialização, fazendo uso de um Sistema de Informações Geográficas (SIG), o qual permite uma integração de diferentes tipos de dados, tais como, demográficos, socioeconômicos e ambientais. Objetivo: Produzir em ambiente SIG, uma base cartográfica contendo os territórios de atuações dos Agentes de Vigilância em Saúde (AVS) no Município do Rio de Janeiro, associando o agente, integrado ou não a uma equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF), ao seu respectivo território por meio de um banco de dados cadastral. Método: Utilizando o programa de SIG ArcGIS, o território é definido com referência a malha de setores censitários produzida pelo IBGE. Considerando a área atual de trabalho do AVS, que originalmente utiliza a referência de quadras, foram identificados quais setores formam a sua área de atuação. A identificação prévia dos setores também ocorreu por meio de arquivo KML (Keyhole Markup Language) no programa Google Earth e por tabelas que continham os códigos dos setores. Cada setor representa uma micro área, cuja utilização justifica-se pela possibilidade de se quantificar e classificar o perfil da população e condições de vida, fazendo uso dos indicadores produzidos pelo Censo do IBGE. A metodologia de produção dos territórios inclui a classificação de áreas pertencentes a ESF, criação de códigos para cada área, identificação de regiões de conflitos entre agentes, avaliação de logística de trabalho e a associação por meio da matrícula do agente a um conjunto de informações cadastrais. Resultados: Este processo gerou um conjunto de dados geográficos em formato vetorial shapefile, por área programática do município do Rio de Janeiro. A primeira versão deste processo identificou um total de 1880 territórios dos quais 37 % fazem parte da ESF. Conclusão: Com o SIG é possível, de forma rápida e integrada, relacionar em um mesmo ambiente computacional as diversas informações que compõem o “espaço geográfico”. A manipulação de um território no formato de informação geográfica possibilita a geração de diversas análises espaciais, sendo um material muito rico para tomadas de decisões.