Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A introdução de alimentos está associada ao índice de massa corporal entre os pré-escolares de em uma comunidade vulnerável da cidade do Rio de Janeiro.
Bruno Cardoso Nascimento, Maria Beatriz Castro, Debora Souza Gigante, Luciana Oliveira Silva, Camila Coelho

Resumo


Objetivo: avaliar o efeito da introdução de alimentos sobre o índice de massa corporal em crianças pré-escolares de uma comunidade vulnerável. Material e Métodos: aferição do peso e da estatura de 125 pré-escolares com idade entre 2 e 5 anos matriculadas na Creche Unape, que localiza-se na comunidade do morro do Santa Marta no bairro de Botafogo, Rio de Janeiro. A coleta de dados antropométricos seguiu o protocolo de Lohman (1988). A partir destes dados, calculou-se o Índice de Massa Corporal (IMC). As informações sobre a introdução de alimentos (mingau, sopa, comida caseira, biscoitos, doces, refrigerante e fast-food) foram obtidas por um questionário estruturado autopreenchido pelos responsáveis. As freqüências para mensurar a introdução dos alimentos nos primeiros meses de vida foram categorizadas em: menos de dois meses; dois a quatro meses; quatro a seis meses e mais de seis meses de idade. Aplicou-se a regressão linear múltipla para testar o efeito das variáveis explicativas sobre o IMC. O modelo foi ajustado pelo sexo e idade da criança e escolaridade materna. Resultados: A prevalência de obesidade entre os pré-escolares foi de 11,2%, sendo maior no sexo feminino (p=0,021). As análises mostraram uma associação negativa entre o IMC e a introdução de mingau (p=0,072), comida caseira (p=0,058) e biscoito (p=0,060). Conclusão: a importância da orientação nutricional nos primeiros anos de vida para prevenir o excesso de peso.