Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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A SAÚDE MENTAL SOB O OLHAR DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E USUÁRIOS
Nuley Fátima Seabra, Deborah Cristina Amorim, Carlize Emanuela Todescato, Maira Tellechêa da Silva

Resumo


(INTRODUÇÃO) A saúde mental é pouco discutida como integrante da Política de Saúde. Entre os princípios do SUS consta a integralidade, que implica compreender para além do aspecto biológico, as relações familiares, o meio social, o trabalho, a moradia, a alimentação e a renda. Este estudo faz uma análise das concepções dos usuários de medicamentos antidepressivos e de profissionais da saúde sobre a saúde mental. (OBJETIVO) Analisar as concepções de profissionais e usuários de um Centro de Saúde da Família (CSF) acerca da saúde mental. (METODOLOGIA) Na construção dos dados utilizou-se a pesquisa documental em prontuários de usuários que utilizam antidepressivos, em um CSF– Chapecó/SC. Foram realizadas entrevistas com 5 usuários, e 5 profissionais de saúde. (RESULTADOS) As condições de moradia, trabalho, transporte, lazer, relações familiares e de vizinhança são importantes quando é discutida a saúde mental. Tanto profissionais como usuários entrevistados referem que as dificuldades vividas pelas famílias como: morte, abuso de drogas, desemprego potencializam o aparecimento de distúrbios mentais e dificultam seu tratamento. O estudo possibilitou identificar que os impactos que os distúrbios psiquiátricos trazem para o individuo, à família e para a sociedade, provocam danos nas relações de trabalho, familiares e sociais. Os profissionais de saúde estão cientes desta situação, no entanto, sentem-se impotentes frente a demanda e os poucos recursos disponíveis. O atendimento nos CSFs acontece basicamente via medicamentos, não havendo inclusão de outras possibilidades de acompanhamento e tratamento. A Terapia Comunitária foi inserida como uma possibilidade de abordagem, intervenção e acompanhamento de indivíduos e grupos. O município tenta organizar a atenção em Saúde Mental levando em conta a centralidade na atenção básica tendo referência nos CAPS que não possuem estrutura física, nem número suficiente de profissionais para atuar de forma articulada com as Equipes de Saúde da Família. (CONCLUSÃO) O trabalho articulado em rede é uma possibilidade importante de enfrentar as questões de saúde mental, pensar a partir da Integralidade co-responsabilizando diferentes políticas. A organização intersetorial atuando nos condicionantes e determinantes de qualidade de vida e saúde e em ações especificas como dependência química, sofrimentos psíquicos. Os profissionais deste CSF tem utilizado a Terapia Comunitária e referem aspectos positivos com relação a mesma.