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Este estudo descritivo com abordagem qualitativa foi realizado em uma Área Programática do município do Rio de Janeiro e investigou a percepção sobre o adoecimento, atenção recebida e abandono de tratamento da tuberculose de pacientes acompanhados pelas Equipes da Estratégia Saúde da Família. Foram visitados e entrevistados treze pacientes que se encontravam em abandono do tratamento entre os anos de 2007 a 2010, identificados nos Livros de Registros de controle Pacientes fornecidos pelo Ministério da Saúde. Os resultados apontaram que o abandono do tratamento esteve ligado às características biológicas do agente etiológico e da patologia, mas também ao processo social no qual estas famílias e comunidades estão enredadas, que geram dificuldades de transporte, exposição à violência urbana. Esteve também relacionado à maneira de como as equipes desenvolvem seus processos de trabalho para o tratamento e controle da doença, com pouco aporte aos aspectos que extrapolam o fenômeno fisiopatológico. Mostrou também a necessidade de avançar na intersetorialidade de modo a minimizar o abandono no tratamento por parte destes indivíduos.