Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
AS DIRETRIZES CURRICULARES PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE E A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE
Itamar Lages, Ingrid D'Avilla Freire Pereira

Resumo


Este resumo é resultado do trabalho de conclusão da Residência Multiprofissional em Saúde Coletiva da Universidade de Pernambuco (UPE), como parte de um estudo que analisa os referenciais teóricos e epistemológicos da Educação que constam nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a formação profissional em saúde no Brasil. Para tanto, resgata a historicidade da relação educação, saúde e sociedade e as reformas do ensino médico; descreve o movimento de instituição das DCNs para a área da saúde no país; e discute as relações entre o referencial da Pedagogia das Competências, que alicerça as DCNs, e a concepção de direito à saúde formulada pela 8ª Conferência Nacional de Saúde (CNS). Os resultados desta investigação apontam para a hipótese de que para formar profissionais de saúde comprometidos com os princípios da 8ª CNS e com a compreensão da saúde como direito é necessário questionar os limites da Pedagogia das Competências, adotada pelas DCNs; bem como construir uma proposta de formação que dialogue com o pressuposto da transformação social, de modo que a sua didática possibilite aos estudantes evoluírem criticamente desde a práxis individual e comum para a práxis histórica. Essa realidade evidencia a necessidade da formação dos profissionais de saúde estar pautada pela compreensão das contradições que pautam a sociedade brasileira, sobretudo no que diz respeito à estruturação de um sistema nacional de saúde que atue sobre os determinantes da saúde em meio a uma sociedade capitalista. Tais pressupostos indicam ser indispensável uma formação profissional orientada por uma pedagogia contra-hegemônica, dados os limites epistemológicos e metodológicos do paradigma das competências para pensar e agir no sentido da transformação social.AS Diretrizes Curriculares para a Formação de Profissionais de Saúde E A EFETIVAÇÃO DO DIREITO À SAÚDE