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Conforme divulgado pelo Ministério da Saúde, no ano de 2011, a prevalência da população brasileira que se encontra com sobrepeso é de 48%. Deter tal crescimento em adultos é uma das metas do Ministério da Saúde para os próximos dez anos, para 2012 ele prepara o Plano Intersetorial de revenção e Controle da Obesidade que promoverá modos de vida e alimentação adequada e saudável para a população brasileira e será consonante com: o Plano Plurianual 2012-2015, Plano Brasil Sem Miséria, Plano de Segurança Alimentar e Nutricional e o Plano de Doenças Crônicas não Transmissíveis 2011-2022. Dentro dessa perspectiva a Prefeitura do Rio de Janeiro inaugura em Julho de 2011 o primeiro Centro de Referência em Obesidade, situado na Clinica da Família Marcos Valadão-Acari (CRO-Acari), formado por uma equipe multiprofissional (Enfermeiro, Psicólogo, Nutricionista, Professor de Educação Física e Médico Endocrinologista), que oferece tratamento clínico ambulatorial aos usuários com obesidade grau III que por motivos diversos, muitas vezes, não têm acesso aos serviços de saúde. O enfermeiro é o primeiro contato do paciente com o CRO, promovendo acolhimento mediante a consulta de Enfermagem individual baseada na escuta ativa e nos esclarecimentos acerca do protocolo de atendimento e seqüência do tratamento. Em instrumento próprio é realizada a identificação e o inicio da caracterização dos perfis social, familiar, profissional e de saúde/doença atual e pregresso do usuário que terá seguimento pelos demais profissionais da equipe. O Enfermeiro também realiza procedimentos clínicos como: coleta de material para exame preventivo de câncer de colo de útero em usuárias sem acompanhamento, treinamento para insulinoterapia, realiza a coleta de amostra sanguínea para exames laboratoriais em paciente de difícil acesso venoso, além disso, participa das oficinas multiprofissionais de educação em saúde e realiza consultas subseqüentes. Fica claro a partir da vivência que esse primeiro contato acolhedor é de vital importância para que o usuário, que normalmente chega tão desmotivado, socialmente marginalizado e estigmatizado, se sinta como indivíduo único com suas especificidades e histórico de vida motivado a iniciar e aderir a um novo tratamento, que pode não levar a perda rápida de peso, mas oferece a possibilidade de melhorar sua qualidade de vida dentro de todo conjunto físico, psíquico e de socialização.