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Os medicamentos têm representado para a população uma maneira simples, rápida e concreta para substituir reflexões sobre o contexto social do seu entorno. O incentivo da mídia e a facilidade de aquisição dos medicamentos tornaram seu uso rotineiro, gerando acúmulo desses nas residências, o que pode levar a comunidade a perceber-se isenta dos riscos inerentes do uso indiscriminado. O presente estudo teve como objetivo verificar a forma de armazenamento e o uso de medicamentos em usuários restritos ao domicílio acompanhados por uma Unidade de Saúde da Família. Os dados foram obtidos em visitas domiciliares a 22 usuários restritos ao domicílio, a partir da aplicação de um questionário. Os resultados indicam que na maioria das residências visitadas os medicamentos não são armazenados de maneira adequada, existe um elevado percentual de medicamentos estocados adquiridos sem prescrição e muitos são desprovidos de informações a respeito deste arsenal terapêutico. Observou-se baixa renda e baixa escolaridade desta população, os quais são fatores agravantes na efetiva compreensão da terapêutica e no acesso aos medicamentos. Portanto, é necessário que farmacêuticos e outros profissionais da saúde orientem a prática correta no momento do atendimento domiciliar. Propõe-se a educação dos profissionais de saúde envolvidos na atenção primária á saúde, como um dispositivo para ampliar o acesso da população ao uso racional de medicamentos.