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AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE O PARTO
Resumo
INTRODUÇÃO. No processo gravídico-puerperal, entende-se por assistência de qualidade aquela em que a gestante e o recém-nascido recebem cuidados e orientações adequados, independente de ser em ambiente hospitalar ou extra-hospitalar, em todo o processo de parturição até o puerpério. Para tanto, é necessário que haja profissionais e insumos de assistência qualificados, tais como: prover-se de uma estrutura física adequada, de um sistema de informações, materiais e equipamentos adequados, acessíveis e efetivos para a assistência humanizada necessária. OBJETIVO. Avaliar a assistência de Enfermagem prestada durante o parto de mulheres atendidas numa Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Fortaleza. METODOLOGIA. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em uma unidade básica de saúde de Fortaleza, no período de março a dezembro de 2011. Participaram do estudo 63 puerperas. Os dados foram organizados e analisados por meio do Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 17.0. Foram respeitados todos os preceitos éticos e legais de pesquisas envolvendo seres humanos presentes na Resolução n.º 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). RESULTADOS. Em relação ao tipo de parto, foram realizados 32 (50,79%) partos cesáreanos e 31(49,21%) vaginais. Denotou-se que 16 (25,40%) submeteram-se a episiotomia. Observou-se que 29 (46,03%) realizaram o teste rápido para detecção do HIV. Dentre os profissionais que prestaram assistência a mulher durante o parto, 30 (47,6%) foram enfermeiros, 54 (85,7%) médicos, nenhuma doula e 13 (20,63%) outros. Quanto a Nota de Assistência ao Parto dado pelas puérperas ao atendimento que obtiveram, 25 (39,68%) disseram sentir-se Muito Satisfeito, 26 (41,27%) Satisfeito, 7 (11,11%) Pouco Satisfeito, 3(4,76%) Insatisfeito e 2 (3,17%) Muito Insatisfeito em relação a ele. CONCLUSÕES. Diante dos resultados apresentados, podemos concluir que o número de partos cesáreos é maior do que os vaginais, que permite inferir que o processo de parturição está tornando-se instrumentalizado com necessidade de hospitalização. Outro fator que merece atenção é o baixo número de realizações de testes rápidos anti-HIV, sendo necessário incrementar este número. A maioria das puérperas que participaram desse estudo relataram estar satisfeitas com a assistência recebida no momento do parto. Tal informação é animadora, pois reflete a qualidade da assistência prestada a essas clientes.