Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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AVALIAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DURANTE O PARTO
Deise Maria do Nascimento Sousa, Lara Leite de Oliveira, Igor Cordeiro Mendes, Camila Chaves da Costa, Myrlene Katia Holanda Goes, Ana Kelve de Castro Damasceno

Resumo


INTRODUÇÃO. No processo gravídico-puerperal, entende-se por assistência de qualidade aquela em que a gestante e o recém-nascido recebem cuidados e orientações adequados, independente de ser em ambiente hospitalar ou extra-hospitalar, em todo o processo de parturição até o puerpério. Para tanto, é necessário que haja profissionais e insumos de assistência qualificados, tais como: prover-se de uma estrutura física adequada, de um sistema de informações, materiais e equipamentos adequados, acessíveis e efetivos para a assistência humanizada necessária. OBJETIVO. Avaliar a assistência de Enfermagem prestada durante o parto de mulheres atendidas numa Unidade Básica de Saúde (UBS) no município de Fortaleza. METODOLOGIA. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem quantitativa, realizado em uma unidade básica de saúde de Fortaleza, no período de março a dezembro de 2011. Participaram do estudo 63 puerperas. Os dados foram organizados e analisados por meio do Statistical Package for Social Science (SPSS), versão 17.0. Foram respeitados todos os preceitos éticos e legais de pesquisas envolvendo seres humanos presentes na Resolução n.º 196/96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS). RESULTADOS. Em relação ao tipo de parto, foram realizados 32 (50,79%) partos cesáreanos e 31(49,21%) vaginais. Denotou-se que 16 (25,40%) submeteram-se a episiotomia. Observou-se que 29 (46,03%) realizaram o teste rápido para detecção do HIV. Dentre os profissionais que prestaram assistência a mulher durante o parto, 30 (47,6%) foram enfermeiros, 54 (85,7%) médicos, nenhuma doula e 13 (20,63%) outros. Quanto a Nota de Assistência ao Parto dado pelas puérperas ao atendimento que obtiveram, 25 (39,68%) disseram sentir-se Muito Satisfeito, 26 (41,27%) Satisfeito, 7 (11,11%) Pouco Satisfeito, 3(4,76%) Insatisfeito e 2 (3,17%) Muito Insatisfeito em relação a ele. CONCLUSÕES. Diante dos resultados apresentados, podemos concluir que o número de partos cesáreos é maior do que os vaginais, que permite inferir que o processo de parturição está tornando-se instrumentalizado com necessidade de hospitalização. Outro fator que merece atenção é o baixo número de realizações de testes rápidos anti-HIV, sendo necessário incrementar este número. A maioria das puérperas que participaram desse estudo relataram estar satisfeitas com a assistência recebida no momento do parto. Tal informação é animadora, pois reflete a qualidade da assistência prestada a essas clientes.