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CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: Em sua concepção, o SUS forneceria um acesso à saúde pautado em princípios como universalidade, integralidade e equidade, por vezes inexequíveis, provocando falhas na assistência à saúde, refletindo diretamente na qualidade de vida da população. Nesse sentido, feiras de saúde surgem como uma medida de amenizar essas falhas, uma vez que se baseiam no princípio de melhora na qualidade de vida a partir da prevenção, ao passo que informa e sensibiliza a população no sentido da mudança de hábitos de vida potencialmente lesivos, assim como na orientação quanto ao quadro clinico, proporcionando um diagnóstico mais precoce. Além disso, contribuem na formação médica, ao passo que incitam a discussão acadêmica sobre os fatores de risco e determinantes sociais envolvidos nos problemas de saúde mais frequentes, assim como formas de intervenção cabíveis. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: A feira de saúde foi realizada na comunidade Vila Galvão e adjacências, na zona rural de Teresina-PI. O projeto incluiu realização de exames de triagem e consultas, realizada por acadêmicos de medicina da UFPI, a fim de identificar os principais problemas de saúde e discutir sobre fatores de risco possivelmente responsáveis. Além disso, foram realizadas palestras e rodas de conversas, grupos focais, atividades recreativas, trocas culturais e vivências, que evidenciam a abordagem holística do evento. EFEITOS ALCANÇADOS: A queixa mais frequente fora parasitose intestinal, predominante em crianças. Como pano de fundo tem-se uma comunidade onde predomina o baixo nível socioeconômico e condições precárias de saneamento básico, evidenciados nas rodas e grupos. Nesse contexto, fora relatado o contato com o solo, defecação em local impróprio nas proximidades das residências e consumo de água e alimentos sem tratamento adequado, além do contato frequente com animais, corroborando, em conjunto, para um quadro de maior risco. RECOMENDAÇÕES: A alta prevalência de enteroparasitoses na comunidade e suas consequências potencialmente lesivas trazem à luz a necessidade imperativa de intervenção, seja por medidas políticas stricto sensu seja por Educação Popular em Saúde. Cabe às Universidades, nesse sentido, atuarem como ponte de saberes em saúde e como fomentadoras da mobilização social indispensável à efetivação dessas Políticas Públicas.