Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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ESTRATÉGIAS DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE PARA O USO RACIONAL E DESTINO CORRETO DE MEDICAMENTOS
Mariza Casagrande Cervi

Resumo


Caracterização do problema: Medicamentos fazem parte do nosso cotidiano, porém desconhecemos que eles representam resíduo de impacto ambiental. Estes, não têm recebido tratamento adequado quanto ao descarte e destinação final. Atitudes que promovam uso racional, recolhimento correto, esclarecimento e conscientização sobre seu descarte, são imprescindíveis. Descrição da experiência: Projetos de extensão ocorrem a seis anos em dois municípios gaúchos, propondo estratégias de educação continuada em saúde e meio ambiente, abordando o uso racional, descarte e destino final de medicamentos. Projeto interdisciplinar, institucionalizado na Universidade de Passo Fundo (UPF), realizado em parceria com escolas de ensino fundamental dos municípios de Marau e Passo Fundo, RS, envolvendo Estratégias de Saúde da Família (ESFs), Unidades Básicas de Saúde (UBS) e bolsistas do Programa pelo Ensino pelo Trabalho em Saúde (PET-Saúde), contando com o apoio das diversas secretarias municipais. Utilizam-se estratégias lúdicas de aprendizagem (jogos educativos); técnicas de reciclagem (obras de arte) com produção de renda; desenvolvimento de pesquisas sobre novas tecnologias de proteção ambiental. Efeitos alcançados: As campanhas produziram consciência ambiental onde a população mantém seus medicamentos em casa, aguardando o período determinado para a coleta. A iniciativa das crianças induz os adultos à participação (responsáveis pela aprovação de Lei Municipal sobre resíduos de medicamentos). O projeto de extensão induziu a elaboração de dois projetos de pesquisa: “O impacto de um programa educativo sobre o uso racional e destino correto de medicamentos: a fala dos familiares dos escolares envolvidos no processo”; e pesquisa para construção de mini reator utilizando Processos Oxidativos Avançados (POAs) para degradação de moléculas medicamentosas. Conclusão: Despertou-se a consciência ecológica dos acadêmicos, das comunidades beneficiárias e da própria instituição sediadora, fomentando debates sobre os efeitos residuais provocados pela presença de medicamentos, especialmente no ambiente aquático, com vistas a elaborar programas de educação comunitária em saúde e meio ambiente. Recomendações: Propõe-se a formação de multiplicadores do projeto em uma lógica intersetorial, interdisciplinar e auto-sustentável.