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CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA: A Educação Permanente em Saúde deve ocorrer nos espaços onde se desenvolve o trabalho em saúde, sendo o trabalhador protagonista em todo o processo. Em Campinas, desenvolvemos um Programa de Educação Permanente (PEP), dirigido aos gestores de serviços no período de 2005 a 2010, no qual houve a participação de um consultor externo. Após cinco anos de desenvolvimento do PEP, ficou explicitada a necessidade de reformulação do desenho do mesmo e de estratégias que garantissem uma maior capilarização junto às equipes de trabalho. Desta forma, optou-se pelo desenvolvimento de um PEP, conduzido por profissionais da própria instituição com experiência na área de educação e gestão. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA: No final de 2010, sob a coordenação do Centro de Educação dos Trabalhadores da Saúde (CETS), foram mapeados os profissionais que atuariam como facilitadores de educação permanente junto aos coletivos elencados (distritos de saúde e nível central da secretaria municipal de saúde) e junto às suas próprias equipes de trabalho. Com a necessidade de alinhamento conceitual dos profissionais, teve início o processo formativo, que contou com oficinas de discussão sobre as expectativas dos profissionais em relação ao desempenho do papel de facilitador, o significado de ser facilitador e levantamento dos saberes necessários para uma ação qualificada. Estes conhecimentos foram agrupados em 4 grandes blocos, sendo: 1) Educação Permanente: conceito e princípios; 2) O olhar estratégico; 4) Análise Institucional e Grupalidade e 4) Processo de Trabalho em Saúde. O objetivo do processo de formação foi inserir os profissionais nos princípios pedagógicos e técnicos que fundamentam a atuação do facilitador e ao mesmo tempo propiciar vivências na pedagogia problematizadora. EFEITOS ALCANÇADOS: Após o processo de formação, os profissionais iniciaram a atuação como facilitadores dos coletivos do PEP, onde se observa grande engajamento ao Programa, compromisso com o método pedagógico e com o processo de aprendizagem dos gerentes e gestores, além do desenvolvimento de grupalidade e relação solidaria entre os facilitadores. RECOMENDAÇÕES: Garantir espaço contínuo de diálogo e processamento do processo de atuação dos facilitadores; incremento de saberes sob demanda dos facilitadores e manutenção de um espaço coletivo de co-gestão do programa com vistas a propiciar contribuições dos facilitadores no processo de tomada de decisão do Programa.