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A saúde em nosso País nos últimos anos tem sido tema de grande debate e discussão. O que proporciona a reflexão e a busca constante de melhorias no Sistema Único de Saúde. Entre os temas mais importantes estão o do cuidado e o da atenção integral. As pesquisas do Instituto de Pesquisas Aplicadas-IPEA-2011 e Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios-PNAD/IBGE 2008 demonstraram que os que tem acesso à atenção à saúde avaliam, em sua maioria o atendimento como razoável ou bom. Por outro lado, há forte tensão no que se refere ao acesso desigual e as desigualdades regionais que afetam diretamente o que é preconizado pela Constituição à maioria da população: o cuidado integral, hierarquizado e regionalizado. Este trabalho se propõe a conhecer como têm se efetivado as práticas de cuidado em saúde em uma população de um município da Amazônia Brasileira, Barcarena, que sofre influência de um grande projeto de mineração explorado por uma empresa internacional. Diante deste panorama o trabalho propõe analisar a Humanização como inovação tecnológica no cuidado em saúde por meio da problematização das práticas de atenção exercidas pelos atores (gestores, trabalhadores e usuários) que realizam o cuidado no Sistemas Único de Saúde- SUS buscarei entender de que forma se dá o sentido de saúde e doença para esses atores. A metodologia se constitui em um estudo de caso com abordagem qualitativa. Serão utilizados métodos de investigação baseados na escuta e interpretação da fala, por meio de entrevistas individuais, com perguntas abertas e semi-estruturadas questionando a forma como se da a prática do cuidado em saúde, além dos conceitos que prevalecem na atuação desses atores, se a visão de saúde e doença a partir de uma questão anátomo-fisiológica, ou se ultrapassam os limites do corpo. E se o conceito que direciona suas práticas favorece ou dificulta o direcionamento e o vínculo do usuário com os serviços e com as ações que possam ser ou estar voltadas para o processo de construção de uma assistência a saúde humanizada. Essa perspectiva dialoga fortemente com a compreensão de cuidado humanizado diretamente implicado com a totalidade do individuo, levando em consideração suas questões subjetivas e sua historia de vida proporcionando-lhe autonomia. O que se busca é um olhar direcionado as relações interpessoais, no encontro entre pessoas, no reconhecimento do outro como legítimo em suas singularidades, vislumbra-se a possibilidade de um cuidar associando vários saberes e tendo a Humanização como estratégia para a realização do cuidado.