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Caracterização: O trabalho que se apresenta é um relato da experiência da equipe técnica do Centro de Atenção Psicossocial da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (CAPS UERJ) na abordagem aos usuários de álcool, crack e outras drogas, sistematizadas pelo Programa de Educação Tutorial Saúde Mental do Ministério da Saúde com a ESF da comunidade da Casa Branca em 2011 com a pesquisa intitulada “O cuidado em saúde mental para os casos de álcool, crack e depressão na área programática 2.2 do município do Rio de Janeiro: formando para os sistema único de saúde”.Descrição: O alto índice de transtornos mentais e pacientes com queixas de sofrimento difuso é observado na atenção primária. Além desses índices há um aumento expressivo da prevalência do abuso de substâncias (álcool e outras drogas), que complexificam a demanda e a abordagem das equipes de saúde. O direcionamento da política nacional de saúde mental, através da Lei Federal 10.216/2001 e da Portaria 336/2002 propõe que as equipes dos CAPS gerenciem os projetos terapêuticos e atuem como matriciadores das equipes básicas de saúde. Metodologia: O método de pesquisa foi a observação participante do trabalho desenvolvido com equipes da estratégia de saúde da família das comunidades Borel e Casa Branca, ambas localizadas na AP2.2. O CAPS UERJ atua como matriciador das equipes da ESF, realiza discussão de casos, atendimento conjunto, visitas domiciliares e capacitação das equipes de atenção primária, numa modalidade de trabalho que envolve o compartilhamento de responsabilidades. Os instrumentos utilizados foram os registros dos diários de campo dos preceptores, a capacitação da equipe técnica. Efeitos alcançados: Essa articulação com a universidade representa mais um passo na ampliação das ações integradas entre os serviços de saúde e formação de recursos humanos. Sob essa lógica o CAPS UERJ oferece retaguarda especializada às equipes de atenção primária das comunidades do Borel e da Casa Branca. A partir do trabalho articulado entre as equipes, podemos tomar conhecimento do território e das graves situações de risco psicossocial que envolvem famílias inteiras. Recomendações: É importante a continuidade do trabalho integrado, capacitação das equipes para que desenvolvam competência técnica e se tornem mais empoderadas para realizar e operacionalizar o cuidado em saúde.