Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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OFICINAS DE RESÍDUOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI) DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE ENSINO: POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Daniela da Motta Esteves, Maristela Vargas Losekann, Suzana Rolim Tambara

Resumo


Unidades de Terapia Intensiva são áreas críticas devido ao tipo de paciente e procedimentos realizados. Nestas áreas são geradas grandes quantidades de resíduos, principalmente do Grupo A. O enfermeiro atua na organização e planejamento do setor, bem como desempenha o papel de educador e multiplicador de saberes, motivando os demais membros da equipe. Na legislação brasileira alguns documentos merecem destaque: a RDC ANVISA nº306/2004, a Resolução do CONAMA nº358/2005, a NR 32 e a Lei nº12305/2010 sobre Política Nacional de Resíduos Sólidos. Essas resoluções orientam a implementação do Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde, visando minimizar o volume de resíduos e acidentes ocupacionais, além de benefícios à saúde pública e ao meio ambiente. A NR 32 – Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde – orienta que o empregador forneça aos trabalhadores capacitação contínua sobre as etapas do manejo de resíduos, salientando a importância da segregação no momento da geração, salientam ainda que a instituição geradora dos resíduos é responsável pelas etapas do manejo, desde a segregação in loco até o destino final. Nesse contexto, emerge a necessidade de adotarmos práticas sustentáveis para reduzir custos e promover gestão de risco. O desafio é conscientizarmos os trabalhadores a segregar resíduos adequadamente, pois isso aumentaria os resíduos recicláveis e poderia reverter em benefício da instituição. Este trabalho é um relato de experiência envolvendo educação permanente em que foram realizadas oficinas de segregação de resíduos utilizando metodologias ativas buscando a interação dos indivíduos na construção do conhecimento, palestras e capacitações dos procedimentos operacionais padrão em segregação de resíduos. Nas oficinas foram confeccionadas caixas representando cores dos sacos de lixo padronizados conforme o grupo e percebeu-se que um número expressivo de trabalhadores possuíam dificuldade em segregar corretamente, acreditando que muitos resíduos do grupo D (recicláveis e não-recicláveis) pertencessem ao A (potencialmente contaminados). Essa desinformação resulta em destino inadequado, tratamento desnecessário e custo elevado, visto que grande parte dos resíduos hospitalares assemelha-se aos domiciliares.