Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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OS PASSOS METODOLÓGICOS NO MÓDULO TUTORIAL, SUBSIDIANDO A FORMAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO DOCENTE TUTOR
Suzelaine Tanji, Lígia de Olibeira Viana

Resumo


O curso de graduação em enfermagem do Centro Universitário Serra dos Órgãos, desde 2007, operacionaliza seu currículo num formato integrado, utiliza como estratégia de aprendizagem as metodologias ativas. Desta forma a construção e produção de conhecimento é trabalho a partir da problematização, utilizando as situações problemas como instrumento didático para o encaminhamento deste processo nas sessões de tutoria. Assim competências específicas surgem neste contexto, os quais profissionais envolvidos devem ter ciência e compreensão. Desta forma o presente estudo tem como objetivo a descrever as competências necessárias para o encaminhando do processo tutorial no curso de graduação em enfermagem. A metodologia, qualitativa tipo estudo de caso. Os sujeitos foram 17 profissionais envolvidos no módulo tutorial. O cenário o Centro Universitário Serra dos Órgãos. A coleta de dados ocorreu a partir da autorização concedida pelo CEP sob protocolo nº 444/10, através de observação direta e entrevista e a organização dos dados, disposto em categoria temática denominada de: os passos metodológicos do módulo tutorial, subsidiando a formação de competência do docente tutor. As competências que constituíram esta unidade temática, forma: Dominar o encaminhamento dos passos metodológicos; Utilizar sua ferramenta da criatividade e de sua perspicácia para criar e re-criar ambientes e ações que possam vir a subsidiar sua prática pedagógica de forma diferenciada; Construir e planejar dispositivos e sequências didáticas; Encaminhar os estudantes a caminhar, rumo a um determinado objetivo, seja qual for o método. Estimular a participação do estudante a buscar explicações iniciais; Mobilizar a estrutura cognitiva para que a aprendizagem torne significativa. Dentre todos os desafios das competências que o docente tutor deve possuir, destaco a capacidade de observar e avaliar os estudantes em situações de aprendizagens, pois nem sempre, o que está explícito é o que representa na realidade, assim, para uns, o silêncio pode representar uma condição para a aprendizagem, enquanto para outros, o ambiente agitado seria um excelente meio para o aprendizado. Jamais se pode estar certo de que aprendizagem está ocorrendo, entretanto, um profissional experiente, modesto e lúcido, é capaz de detectar com certa precisão, que têm chances pequenas de aprender, aqueles que não se envolvem, não dialogam, se limitam a copiar dos colegas, são lentos, daqueles que têm boas chances de aprender, porque se envolvem, interessam-se, expressam-se, engajam-se na tarefa, cooperam, parecem divertir-se, não a abandonam ao primeiro pretexto, fazem perguntas e são questionadores. Assim, o maior desafio é saber regular os processos de aprendizagens mais do que auxiliar para o êxito da atividade, pois a construção de atitudes, de competências ou de conhecimentos fundamentais leva meses, até mesmo anos, sendo assim o docente deve aprender a avaliar para melhor ensinar (PERRENOUD, 2000).