Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Pais e Filhos na perspectiva de adolescentes e jovens parnaibanos.
Nara Maria Forte Diogo Rocha, Erika Maria Arruda Alves, Kátya de Brito e Silva, Mayara Carneiro Alves Pereira, Jossane Candeira Spíndola Linhares, Francisca Maíra Silva de Sousa

Resumo


A relação entre pais e filhos na adolescência é objeto de atenção e discussões devido às mudanças que esta etapa evolutiva promove na dinâmica familiar. Neste sentido, para se abordar as relações familiares entre pais e adolescentes, é preciso considerar que estas estruturas e papéis vêm se modificando ao longo do tempo. O presente estudo buscou investigar e compreender as concepções de estudantes de uma escola pública da cidade de Parnaíba - PI, referentes à adolescência e como ocorre o relacionamento com os pais. A amostra foi não-probabilística e intencional, constituída por uma vinte e três (23) jovens, destes 74% são do sexo masculino. As idades variavam entre 14 a 23 anos, com média de 16,86. Realizou-se um estudo exploratório qualitativo e para apreensão e construção das informações foram realizadas entrevistas semiestruturadas e questionários sociodemográficos. A categorização dos discursos possibilitou a construção de rede interpretativa. Quanto ao estado civil dos pais desses adolescentes, constatou-se que 43,4% são casados, 17,3% são divorciados e 8,6% têm famílias reconstituídas; 13% estão em outras categorias. Foi percebido complementarmente aos discursos, que a maioria dos respondentes (60,8%) relatou que a adolescência é um período calmo, 21,7% conturbado e 17,3% sem mudanças. Quanto às relações intrafamiliares, informaram que a relação com os pais é ótima (39,1%), regular e boa (30,4%), não sendo detectadas repostas como ruim ou péssima. No que diz respeito ao diálogo com os pais, treze (13) adolescentes afirmaram conversar sobre estudos, seis (06) sobre profissão e cinco (05) sobre drogas. Em relação à importância de suas opiniões dentro da família, nove (09) jovens apontaram que suas impressões são sempre levadas em consideração, treze (13) são considerados às vezes e nenhum apontou nunca ser considerado. Concluiu-se que as relações entre pais e filhos não são necessariamente abaladas pela adolescência, contrariando abordagens universalistas e descontextualizadas deste momento vital.