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Introdução: O processo de cuidar ao adolescente é visualizado pelas práticas cotidianas dos profissionais nos serviços de saúde e exigem conhecimentos e habilidades pautadas na integralidade, para um olhar que promova acolhimento, vínculo e valorização do ser que é cuidado. Objetivos: descrever a percepção do gestor e do enfermeiro sobre a construção da linha do cuidado ao adolescente na atenção básica; analisar as ações do enfermeiro na conformação da linha do cuidado ao adolescente; discutir o processo de cuidar aos adolescentes em unidades básicas de saúde com vistas às linhas do cuidado ao adolescente na perspectiva do enfermeiro e do gestor. Método: Estudo de natureza qualitativa baseado na análise categorial temática de Bardin. Realizado em quatro Unidades Básicas de Saúde da Regional IV conforme divisão da Secretaria de Saúde de Fortaleza (Ceará). Os participantes foram quatro gestores e catorze enfermeiros da rede básica de saúde por estarem envolvidos na organização dos serviços e no cuidado ao adolescente. Os dados foram obtidos por meio da entrevista semi-estruturada. Resultados: As categorias emergentes da análise foram: Organização da linha do cuidado ao adolescente pelo gestor e enfermeiro – mostrou-se que ocorre o planejamento das ações em geral, sem ênfase ao cuidado do adolescente; O processo de cuidar dos adolescentes na perspectiva gerencial e assistencial – Percebe-se que a estrutura física adequada é fator essencial para o atendimento ao adolescente, permitindo sigilo, privacidade e vínculo; Ações no processo de cuidar aos adolescentes: aspectos facilitadores e impeditivos – é importante uma equipe integrada como um fator facilitador do processo no direcionamento do cuidado ao adolescente e como aspecto impeditivo, a falta de recursos materiais essenciais à assistência; Processo de cuidar ao adolescente no cotidiano dos serviços de saúde – Transpareceu a falta de cuidado dos profissionais direcionado aos adolescentes; Integralidade do cuidado ao adolescente: entre o pensar e o fazer dos profissionais – Houve preocupação da equipe para o acolhimento, formação de vínculo e orientação dos adolescentes. Conclusão: Para que seja instituída a linha do cuidado ao adolescente em conformidade com o SUS, faz-se necessário que enfermeiros e gestores atuem em equipe e de forma integrada na organização e no processo de cuidado deste grupo populacional.