Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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Perfil do Acolhimento nas Unidades Básicas de Saúde da AP 3.2
Jakeline Ribeiro Barbosa, Dayse Demori Gomes da Silva Peres, Claudia Nastari, Carini Cesa, Marilene Torres dos Santos

Resumo


Introdução: A Unidade de Saúde da Família (USF) trabalha em equipe multiprofissional e é responsável por um território definido, cujos princípios fundamentais são: integralidade, qualidade, equidade e participação social. A Política Nacional de Humanização foi proposta para implementar os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) na prática da assistência. No processo de trabalho da Estratégia Saúde da Família (ESF) a porta de entrada do paciente para o serviço de saúde é o acolhimento, que tem como finalidade principal organizar o fluxo de usuários no sistema de saúde. Objetivo: descrever o perfil do acolhimento realizado nas unidades básicas de saúde da AP 3.2 (Área Programática 3.2), do Município do Rio de Janeiro. Metodologia: Foram analisadas as planilhas mensais dos consolidados dos acolhimentos realizados mensalmente pelas UBS, quanto ao turno, faixa etária, gênero e resolutividade do acolhimento. As unidades de saúde modelo A (todo o território é coberto por equipe de saúde da família) e B (parte do território coberto pela ESF e outra pelo modelo tradicional) foram descritas separadamente. Os meses observados foram agosto, setembro e outubro de 2011. Resultados e discussão: Neste período foram realizados 25.166 acolhimentos, destes 60% do sexo feminino, esse dado aponta para a distribuição proporcional da demanda por necessidade de gênero, aspecto importante a ser considerado no planejamento de gestão. Nas unidades modelo A, 98,88% dos usuários que procuraram o serviço de saúde foi por conta própria e 81,50% nas unidades modelo B. Mais de 60% dos usuários procuraram o serviço de saúde no turno da manhã, onde 50,9% dos acolhimentos resultaram em atendimento/consulta no mesmo dia, nas unidades modelo A, enquanto que nas unidades modelo B 63,6%. Seguidas por 27,6% e 14,4% das necessidades resolvidas pela equipe de acolhimento, respectivamente. Quanto à faixa etária demandante de acolhimento, nas unidades modelo A, predominou a classe de 0 a 10 anos (21,23%) e maiores de 60 anos (16,09%). Enquanto que nas unidades modelo B, a faixa etária predominante foi os maiores de 60 anos (20,96%) e de 51 a 60 anos (18,70%). Conclusão: O Acolhimento é um recurso destinado a apoiar a resolutividade e qualificação do sistema de saúde, definido como uma prática que possibilita ao cidadão o acesso a um cuidado justo, ampliado e integral. Portanto, o acolhimento constitui-se como ferramenta capaz de contribuir efetivamente com os princípios constitucionais do SUS.