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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES INTERNADAS NA UNIDADE DE GINECOLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Resumo
Introdução: As desigualdades sociais, econômicas e culturais se revelam no processo de adoecer e morrer das populações e de cada pessoa em particular, de maneira diferenciada. No intuito de intervir positivamente na saúde das mulheres, é essencial conhecer as características socioeconômicas e clínicas das mulheres, que buscam assistência nos serviços de saúde, identificando mais detalhadamente suas características para aprimorar os cuidados de saúde. Frente a esse contexto, este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico das mulheres submetidas à cirurgia e internadas no setor de ginecologia de um Hospital Universitário em Vitória-ES. Metodologia: estudo descritivo e transversal, de abordagem quantitativa. Amostra por conveniência composta por 89 mulheres. Coleta de dados realizada de julho a setembro de 2011, por meio entrevista com registro em formulário. Dados analisados pelo pacote estatístico SPSS 15. Resultados: 39,9% tinham entre 40 a 49 anos; 30,9% ensino fundamental incompleto; 51,7% eram de raça/cor branca; 28,1% residem na Serra; 69,7% são casadas; 62,9% pertencem à classe C; 62,9% possuem trabalho remunerado e 29,2% possuem renda de até 1 salário mínimo. 44,9% já fez uso de bebida alcoólica e 65,2% negam uso de tabaco. Verifica-se que 59,6% tiveram menarca entre 12 a 14 anos; 57,3% a coitarca até 17 anos; 44,9% de três a cinco gestações; 37,1% de três a cinco partos, e 65,2% afirmam nunca ter tido um aborto. 29,2% foram diagnosticadas com mioma uterino e 43,8% foram submetidas à histerectomia. 58,4% relataram realizar autoexame das mamas; 69,7% já fez mamografia e 93,3% já fez Papanicolaou. Conclusão: o estudo apresenta perfil sociodemográfico semelhante a de outras pesquisas com esta população, e a maioria refere ter realizado mamografia, Papanicolaou e autoexame alguma vez em sua vida, o pode indicar que essas mulheres tiveram acesso aos serviços de atenção à saúde, no que tange as atividades preventivas. No entanto, esses achados demandam pesquisas mais detalhadas no que se refere a periodicidade e adesão aos exames de rastreamento e Papanicolaou pelas mulheres, conforme orienta os protocolos do Ministério da Saúde.