Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES INTERNADAS NA UNIDADE DE GINECOLOGIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
Candida Canicali Primo, Franciéle Marabotti Costa Leite, Flavia Almeida Plaster, Mayara Força Bravin, Eliane de Fátima Almeida Lima

Resumo


Introdução: As desigualdades sociais, econômicas e culturais se revelam no processo de adoecer e morrer das populações e de cada pessoa em particular, de maneira diferenciada. No intuito de intervir positivamente na saúde das mulheres, é essencial conhecer as características socioeconômicas e clínicas das mulheres, que buscam assistência nos serviços de saúde, identificando mais detalhadamente suas características para aprimorar os cuidados de saúde. Frente a esse contexto, este estudo tem como objetivo descrever o perfil epidemiológico das mulheres submetidas à cirurgia e internadas no setor de ginecologia de um Hospital Universitário em Vitória-ES. Metodologia: estudo descritivo e transversal, de abordagem quantitativa. Amostra por conveniência composta por 89 mulheres. Coleta de dados realizada de julho a setembro de 2011, por meio entrevista com registro em formulário. Dados analisados pelo pacote estatístico SPSS 15. Resultados: 39,9% tinham entre 40 a 49 anos; 30,9% ensino fundamental incompleto; 51,7% eram de raça/cor branca; 28,1% residem na Serra; 69,7% são casadas; 62,9% pertencem à classe C; 62,9% possuem trabalho remunerado e 29,2% possuem renda de até 1 salário mínimo. 44,9% já fez uso de bebida alcoólica e 65,2% negam uso de tabaco. Verifica-se que 59,6% tiveram menarca entre 12 a 14 anos; 57,3% a coitarca até 17 anos; 44,9% de três a cinco gestações; 37,1% de três a cinco partos, e 65,2% afirmam nunca ter tido um aborto. 29,2% foram diagnosticadas com mioma uterino e 43,8% foram submetidas à histerectomia. 58,4% relataram realizar autoexame das mamas; 69,7% já fez mamografia e 93,3% já fez Papanicolaou. Conclusão: o estudo apresenta perfil sociodemográfico semelhante a de outras pesquisas com esta população, e a maioria refere ter realizado mamografia, Papanicolaou e autoexame alguma vez em sua vida, o pode indicar que essas mulheres tiveram acesso aos serviços de atenção à saúde, no que tange as atividades preventivas. No entanto, esses achados demandam pesquisas mais detalhadas no que se refere a periodicidade e adesão aos exames de rastreamento e Papanicolaou pelas mulheres, conforme orienta os protocolos do Ministério da Saúde.