Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PERFIL SEXUAL DE IDOSOS EM UMA AÇÃO EXTENSIONISTA NUMA INSTITUIÇÃO ASILAR DE PORTO ALEGRE
Lucio Camargo

Resumo


Lucio Rodrigo Lucca de Camargo, Amarilys de Oliveira e Silva, Danieli Emmer Cardoso, Ezequiel Teixeira, Josinéia Eliane Cardoso, Gabriela Franciscatto, Tiago Souza Paiva1, Cibeli Prates2 , Lucila Ludmila Gutierrez2 RESUMO A discussão sobre sexualidade na terceira idade ainda é pouco enfocada para o aumento tão intenso da população idosa. Grande parte dos estudos discute as doenças sexualmente transmissíveis (DST’s), que estão diretamente ligadas à sexualidade. Nesse sentido, os profissionais de saúde deveriam ter conhecimento sobre o exercício da sexualidade nesta parcela da população através de uma abordagem integral, com a finalidade de identificar situações de risco que possam trazer prejuízo a sua função sexual. O estudo teve por objetivo identificar o perfil sexual dos idosos que participaram de uma ação extensionista desenvolvido pelo Programa de Extensão Saúde e Cuidado Humano do Centro Universitário Metodista do IPA u . Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo realizado com 33 idosos em uma atividade de campo de um grupo de acadêmicos do 4º semestre do Curso de Enfermagem do IPA, realizado no Asilo Padre Cacique em maio de 2011, onde foi aplicado um questionário com questões fechadas, após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Dos 33 idosos entrevistados somente 29 entraram no estudo, pois 04 (quatro) (+ 12%) tinham idade inferior a 60 anos, idade que segundo o Estatuto do Idoso não se enquadra na classificação de pessoa idosa. Os questionários foram separados em dois grupos, o feminino com 55,17% (n=16) e o masculino com 44,82% (n=13). Das mulheres idosas 43,75% (n=7) possuíam algum fator de risco como hipertensão ou diabetes, 31,25% (n=5) relataram que são ou foram tabagistas durante muito tempo. Já entre os idosos masculinos 69,23% (n=9) possuíam algum fator de risco como a Hipertensão ou o Diabetes e 61,53% (n=8) informaram que foram ou são tabagistas. Do total de idosos, 58,62% (n=17) não mantinham relação sexual, 6,90% (n=2) mantinham relação sexual uma vez por mês, 10,34% (n=3) duas vezes por mês, 10,34 (n=3) duas vezes por semana, 10,34% (n=3) uma vez por semana, 3,44% (n=1) três vezes por semana. A maioria dos idosos estudados não mantém uma vida sexual ativa, que pode ser explicado pelo fato de muitos possuírem algum fator de risco que venha a ocasionar diminuição da libido diretamente correlacionada a estes fatores. Pode-se concluir que há uma necessidade de se estudar melhor o tema proposto, pois com isto podemos elaborar planos de cuidados mais específicos para o pleno exercício da sexualidade na terceira idade, enfocando a prevenção e a melhoria da qualidade de vida. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério da Saúde, Atenção à saúde da pessoa idosa e envelhecimento, Pactos pela Saúde, v.12, 2006. BRASIL. Ministério da Saúde, Estatuto do Idoso, 2ª edição, Brasília – 2009. JOIA, Luciane C.; RUIZ, Tania; DONALISIO, Maria R.; Condições associadas ao grau de satisfação com a vida entre a população de idosos. Revista de Saúde Pública; 2007 v.41, n.1, p.131-138. CATUSSO, Marilia C.; Rompendo o silencia: desvelando a sexualidade em idosos. Revista Virtual Textos e Contextos, n.4, dez.2005. OLIVI, Magali; SANTANA, Rosangela G.; MATHIAS, Thais A. de F.; Comportamento, Conhecimento e Percepção de risco sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis em um grupo de pessoas com 50 anos e mais de idade. Revista Latino Americana de Enfermagem, n.16, v.4, jul-ago/2008. VASCONCELOS, Doris; NOVO, Rosa F.; CASTRO, Odair P.; et. al.; A sexualidade no processo do envelhecimento: novas perspectivas – comparação transcultural. Estudos de Psicologia – 2004, v. 9, n.3, p.413-419.