Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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PRÁTICAS INTEGRATIVAS EM SAÚDE NO MUNICIPIO DE SOBRAL
Lycélia Silva Oliveira

Resumo


O presente artigo pretende discorrer sobre as formas integrativas de promoção da saúde no município de Sobral. Entendendo aqui os processos que envolvem a saúde comunitária como um mecanismo de promoção e vivências com a participação ativa dos atores sociais, sendo esses sujeitos realizadores de movimentos em prol da construção da vida e da saúde em sua comunidade a partir de outras formas de se entender os processos alternativos que estão envolvidos no âmbito da saúde.Objetivamos relatar nesse artigo as variedades existentes de promoção de saúde que perpassam os indivíduos, incitando a ação de reflexão sobre as múltiplas possibilidades de realização de práticas terapêuticas, que possam compreender um individuo como um ser bio-psiquico-social, fomentando dessa forma o abandono parcial de paradigmas concretos em benefícios de novas vivências, valorizando as diferentes e novas ações terapêuticas em detrimento de um saber médico que ainda se mostra como centralizador de algumas práticas de saúde. Percebemos dentro da comunidade, a partir de suas singularidades e dinâmicas, movimentos alternativos que encontram outras possibilidades que não as bases tradicionais da promoção da saúde, sendo estas apoiadas pela participação ativa dos moradores dessas comunidades. Verificamos um movimento que consiste em investir em formas alternativas, como, a Massoterapia, a Farmacologia popular e a Educação Física, então partindo do pressuposto que a saúde comunitária surge como uma forma de facilitar e possibilitar os processos de saúde, promovendo um pensar crítico acerca das formas tradicionais de lidar com o indivíduo (que era considerado “passivo” e parte de uma doença), sendo agora este, um ator social ativo e capaz de compreender, construir e transformar a sua realidade, a partir da“ participação social implicada e influenciada pelas condições e situações histórico-sociais que em geral lhe afetam materialmente e/ ou existencialmente, decide participar de atividades socialmente significativas no lugar em que vive” (GÓIS, 2008). Góis nos aponta ainda para o que chama de ação-reflexão como uma forma de libertação através da atividade dentro da comunidade, com uma tomada de consciência de um sujeito que agora se sente fazendo parte, evidenciando o quanto a relação estabelecida entre o individuo e o seu contexto de saúde é perpassada por diversos valores como, culturais, sociais, históricos.