Tamanho da fonte:
Promoção da Saúde aos Agentes Comunitários de Saúde do Município de Goiânia: relato de experiência
Resumo
Promoção da Saúde aos Agentes Comunitários de Saúde do Município de GoiâniaAutores: Denise Soares Cirqueira, Gracielle de Sousa Cândido, Lorena Batista de Oliveira, Marinésia Aparecida Prado Palos, Mary Anne de Souza Alves França, Newilllames Gonçalves Nery, Nilza Alves Marques Almeida e Weslane Souza de Almeida Santos. Relator: Lorena Batista de Oliveira – lorena6cd@hotmail.comA Promoção da Saúde (PS) entende a saúde dentro de um contexto ampliado, resultante de fatores condicionantes e determinantes. Um importante campo de realização de ações de PS diz respeito à Saúde do Trabalhador (ST), no qual se destaca, dentro da ESF, o Agente Comunitário de Saúde (ACS), o qual, através de seu processo de trabalho fortalece a integração entre os serviços de saúde da Atenção Primária e a comunidade. Os ACS estão expostos a vários riscos em sua prática de trabalho, destacam-se os ergonômicos e os psicossociais. Alerta-se, portanto, para a necessidade de minimizar os riscos no ambiente laboral, além de ações educativas enfatizando as práticas seguras de trabalho. Entende-se, assim, a grande relevância de se planejar e executar ações de PS direcionadas à ST, tanto sob o prisma do direito do trabalhador, quanto por uma questão estratégica de se “cuidar do cuidador” para que este possa melhor desenvolver o trabalho. Contudo, o objetivo do trabalho foi promover saúde com foco na ST, tendo como público-alvo 32 ACS. O evento foi realizado em uma UABSF de Goiânia com a participação efetiva de 27 ACS. Iniciou-se com a apresentação do grupo, relato do objetivo do trabalho e uma dinâmica de entrevista musical. Seguiu-se com atividade educativa (exposição dialogada) discutindo-se os principais tipos de câncer, com ênfase aos riscos e prevenção do câncer de pele. Logo após, foram oferecidas as atividades individuais (consulta dermatológica, beleza feminina, avaliação de saúde - IMC, Circunferência Abdominal, PA - e aconselhamento nutricional aos ACS). Aplicou-se, ainda um questionário como instrumento de análise do perfil e estado de saúde dos ACS. E finalmente, um almoço de confraternização foi oferecido a todos os participantes, com a entrega de brindes. Avaliou-se o evento por entrevista em grupo. Apenas 1 ACS apresentou história de carcinoma basocelular em face há 8 meses. Não houve casos de lesões de suspeição de CA de pele. Na avaliação nutricional 08 apresentaram sobrepeso e 04 obesidade grau 1. A avaliação coletiva do evento pelos ACS foi positiva.Os dados apontam a importância de se realizar ações de promoção que valorizem a ST, através do fortalecimento da prática segura do trabalho conscientizando-o quanto as questões de co-responsabilidade e auto-cuidado na redução dos riscos à sua própria saúde. Todavia, os temas relacionados ao estado nutricional e psicológico constituem-se um desafio para os próximos eventos.ReferênciasBRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de promoção da saúde. Brasília, 2006. 60 p. Disponível em: <http: //portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/Politica_nacional_%20saude_nv.pdf >. Acesso em: 20 jul 2011.BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. O trabalho do agente comunitário de saúde. Brasília : Ministério da Saúde, 2009. 84 p. Disponível em: <http: //189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/geral/manual_acs.pdf>. Acesso em: 02 out 2011.NETTO ROSSI, D. A.; CONTRERA-MORENO, L. Riscos à saúde no trabalho do agente comunitário de saúde de Sidrolândia, MS. Universidade para o desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal. Ensaios e Ciência, Vol. 10, Núm. 3, diciembre-sin mes, 2006, pp. 191-200. Disponível em: <http: //redalyc.uaemex.mx/src/inicio/ArtPdfRed.jsp?iCve=26012809019>. Acesso em: 29 set 2011.TRINDADE, L. L.; GONZALES, R. M. B.; BECK, C. L. C.; LAUTERT, L. Cargas de trabalho entre os agentes comunitários de saúde. Rev Gaúcha Enferm, Porto Alegre (RS) 2007 dez;28(4): 473-9. Disponível em: <http: //seer.ufrgs.br/index.php/RevistaGauchadeEnfermagem/article/view/3095/1701>. Acesso em: 20 set 2011.