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O crescimento da população mundial idosa é um fenômeno que vem ocorrendo com mais intensidade nas últimas décadas, e nosso país tem aproximadamente 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, e, conforme as estimativas do IBGE, em 2030 contará com cerca de 32 milhões de idosos. Com o envelhecimento, muitos idosos deixam de participar do ambiente social em que vivem, entregando-se à aposentadoria de maneira passiva, inativa e menos reflexiva, o que representa prejuízo a sua saúde mental e física, além de constituir fator de risco para o declínio cognitivo e para a demência. Considerando estas questões propomos um trabalho com um grupo de idosos institucionalizados no intuito de instrumentalizá-los e capacitá-los para que pudessem realizar atividades cognitivas, evitando ou retardando o aparecimento de patologias relacionadas à saúde mental. Este trabalho tem por objetivo relatar as experiências vivenciadas junto a este projeto. Realizamos contato inicial com a instituição de cuidado e com os próprios idosos, a fim de sensibilizá-los à participação no projeto. Os idosos participantes passaram por uma avaliação cognitiva geral que contava com instrumentos como: Mini-Exame do Estado Mental, Escala de Depressão Geriátrica, Inventário de Ansiedade Traço-Estado, Teste de Tempo de Reação e Índice de Qualidade de Sono de Pittsburgh. Após, foi proposta uma intervenção com atividades cognitivas durante 5 semanas, onde foram realizadas rodas de conversa, leituras em grupo, jogos de memória, dominó, quebra-cabeça, bingo e diferentes jogos de cartas. As atividades propostas estimulam a atenção, raciocínio, cálculo, localização espaço-temporal, linguagem memória e outras funções cognitivas. Os resultados observados têm sido bastante satisfatórios, considerando que as atividades permitiram trabalhar com os idosos a reflexão de suas vivências, trazendo o resgate da auto-estima e a valorização de seus talentos e conquistas, enquanto, ativam o sistema nervoso, promovendo a manutenção das funções cognitivas.Percebemos que o programa tem sido efetivo no sentido de manter as funções cognitivas dos idosos institucionalizados e evitar sintomas depressivos, uma vez que, ao usar a criatividade e realizar tarefas cognitivas através de brincadeiras simples, os idosos ascedem ao imaginário e vivenciam pensamentos, sentindo-se respeitados.