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Caracterização do problema: Trata-se de um estudo qualitativo, tipo relato de experiência, realizado na Clínica da Saúde da Família Zilda Arns abrangendo uma de suas comunidades adstritas, comunidade do Reservatório, localizada no Complexo do Alemão, cidade do Rio de Janeiro, no período de agosto a novembro de 2011.O presente estudo foi realizado através de uma parceria institucional entre a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro e a faculdade de Medicina da UFRJ, contemplando a visita domiciliar como uma possibilidade de cenário ensino-aprendizagem na formação do estudante de medicina.Descrição da Experiência : Através de estágio curricular do internato de Saúde da Família houve uma inserção do estudante no cotidiano da equipe do Reservatório. Foram realizadas 90 visitas domiciliares, sendo todas acompanhadas pelo agente comunitário de saúde da microárea específica; destas 24 acompanhadas pela Enfermeira; 20 acompanhadas pela Médica da equipe.Tais visitas domiciliares ocorreram dentro da proposta da Vigilância em Saúde no território supracitado.Resultados Alcançados: Em todas as visitas foram observadas as características do usuário a ser visitado, o apoio ou não da família ao seu tratamento, sendo importante o olhar crítico-reflexivo do observador, sabendo inserir-se nesta família de acordo com a sua realidade sócio-econômica, cultural- religiosa de cada uma. As dificuldades de locomoção na comunidade, condições sanitárias e aspecto geral da moradia também foram considerados. Nas visitas domiciliares realizadas percebemos varias dificuldades para os moradores, principalmente aqueles que são idosos, com dificuldade de locomoção, dificuldade visual, gestantes de alto risco, deficientes com algum grau de retardo mental. Na comunidade atendida pela equipe do Reservatório, não existem apenas casas, mas sim muitos blocos de apartamento onde percebemos que muitos idosos moram sozinhos.Recomendações: A Visita Domiciliar é de suma importância para as equipes de saúde, pelo fato de além da oportunidade de ver e acompanhar seus usuários permite a convivência com suas famílias, entendendo melhor os seus problemas e o seu cotidiano. O ato de cuidar perpassa pela prevenção e promoção de saúde, através do fortalecimento do vínculo. Essa experiência permitiu ao aluno da fase final do curso médico uma vivência técnico-científico-humanizada com novas visões e ideologias sobre a prática do profissional e o seu dia a dia. A recomendação é que tal prática possa ser mantida em diversos campos práticos de instituições de ensino na área da Saúde.