Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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VIVÊNCIAS DE UM PROJETO DE INICIAÇÃO A DOCÊNCIA EM UM CENTRO PROFISSIONALIZANTE PÚBLICO
Pecy Mary de Almeida Lopes, Linamari Ferreira, Franciele Camboin Foschiera, Adriana Stoziaki Kovaleski, Ana Paula Dias Santana, Andressa Larissa Dias Muller de Souza, Caroline Berté, Daniela Patrícia Tres, Flavia Boaretto, Gabriela Seimetz

Resumo


No ano de 2011 por meio de Programa de Iniciação a docência – PIBID aconteceu à inserção de acadêmicos do curso de enfermagem da UNIOESTE - Universidade Estadual do Oeste do Paraná na prática de docência em um Centro Estadual de Educação Profissional Pedro Boaretto Neto-CEEP da região oeste do Paraná no curso técnico em enfermagem. O projeto tem a intenção de estreitar a relação entre a formação acadêmica com a realidade da escola e a vivência dos professores de ensino técnico. O objetivo deste trabalho é relatar a experiência das atividades desenvolvidas pelo PIBID de enfermagem que ocorreu em um centro profissionalizante público de uma cidade da região oeste do Paraná. Trata-se de um relato de experiência das atividades do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência cujo início se deu no mês de julho de 2011, após a seleção dos bolsistas acadêmicos de curso de enfermagem e professores da rede pública de ensino básico realizada pela coordenação do programa. O projeto contou com a participação de 01 professor coordenador, um professor supervisor da Escola técnica que acompanha as aulas em sala e as atividades desenvolvidas e oito acadêmicos. Os pibidianos foram inseridos na disciplina de Vigilância em Saúde do quarto semestre do curso Técnico em Enfermagem que possuía 24 alunos. Foram realizadas atividades de observação, co-participação e regência, durante este período os alunos realizavam plano de aula e desenvolviam os conteúdos de acordo com o plano de ensino da disciplina e o direcionamento do professor supervisor. Além disso, foram realizadas reuniões na UNIOESTE em que realizou-se a leitura do Projeto Político Pedagógico (PPP) da escola para termos como base para o planejamento das atividades. Antes da discussão do PPP, fizemos a discussão de textos sobre educação em saúde para permear as atividades que seriam desenvolvidas na escola. Quanto às atividades realizada fora da sala de aula para que ocorresse a consolidação da participação do aluno no ambiente escolar, houve o envolvimento dos acadêmicos na EXPOCEEP, evento em que todos cursos da escola tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos desenvolvidos durante o ano letivo, assim como cada curso tem a oportunidade de demonstrar o seu papel e objetivo de ser desenvolvido para a comunidade. Assim, os acadêmicos do PIBID em conjunto com os alunos da escola optaram em abordar sobre o tema: Uso do tabaco e seus efeitos prejudiciais ao organismo e como material didático, fizeram uso de um boneco que fuma e retém as substancias tóxicas, simulando os efeitos em um pulmão após o uso do cigarro, narguilé, charuto, fumo de rapé e outros. Após a exibição do material didático foram realizadas orientações sobre anatomia e fisiologia, os danos que o tabaco causa em nosso organismo as patologias mais acometidas e as medidas de prevenção. Outra ação realizada durante o ano de 2011 foi a Educação Continuada para Agentes Educacionais e Equipe Pedagógica da escola, ocorreram reuniões semanais com conteúdo solicitados pelos próprios trabalhadores – tendo como resultado boa aceitação por parte dos servidores e solicitação de continuidade da capacitação para o ano seguinte. Os temas abordados foram: primeiros socorros,trabalho em equipe, qualidade de vida, riscos físicos e biológicos, lesão por esforço repetitivo – (LER), mecânica corporal, Equipamentos de Proteção Individual-(EPIs) . As aulas foram expositivas e dialogadas, segmentadas em módulos, e repassadas pelo uso de materiais didáticos, como cartilhas, apresentação em Power Point e recursos áudios-visuais. A Educação Continuada esta centralizada na atualização de conhecimentos, geralmente com enfoque disciplinar, em ambiente didático e baseado em técnicas de transmissão, com fins de atualização; conceituar tecnicamente a prática enquanto campo de aplicação de conhecimentos especializados, como continuidade da lógica dos currículos universitários, que se situa no final ou após o processo de aquisição de conhecimentos. (BRASIL,2009). A Educação Continuada faz parte de um processo de transformação na prática organizacional do serviços, não apenas no desenvolvimento de novas habilidades e sim sobretudo num contexto de práticas anteriores, que estão vivenciando no seu dia a dia. Entre adultos, a aprendizagem adquire certas características, uma vez que já possuímos uma considerável bagagem de conhecimentos e experiências. A partir daí, aprendemos reconstruído. Isto é, vamos revendo alguns conceitos, ora acrescentando novos dados ao que já sabemos ora reformulando conceitos equivocados que adquirimos (BARRETO, p.66, 2000). Os sistemas tradicionais educacionais continuam estruturados com a mesma pedagogia utilizada para crianças com os adultos. O chamado “efeito esponja”, na qual a criança absorve todas as informações não é possível de ser observado na fase adulta. O adulto desenvolve uma habilidade mais intelectual, quer experimentar, vivenciar. Nesse contexto surge a Andragogia que significa “ensino para adultos”. Um caminho educacional que busca compreender o adulto desde todos os componentes humanos, e decidir como um ente psicológico, biológico e social. Busca promover o aprendizado através da experiência, fazendo com que a vivência estimule e transforme o conteúdo, impulsionando a assimilação. As atividades desenvolvidas durante a educação continuada promoveram reflexão entre os professores e participantes, assim como possibilitaram aos participantes a melhora da qualidade de trabalho, uma vez que tratou temas do cotidiano do trabalho que com a rotina vão sendo adaptadas a necessidade sem que tivessem conhecimento dos porquês de realizarem tais atividades de acordo com algumas técnicas corretas. Acredita-se que os estudantes ampliaram seus conhecimentos, e demonstraram satisfação com as atividades propostas. Já na supervisão destes alunos foi possível trabalhar com alunos universitários agregando conhecimento ao professor e alunos estimulando o intercambio de conhecimentos entre Universidade e curso técnico da rede pública buscando melhoria do ensino público e consolidando a formação dos licenciados.EIXO TEMÁTICO: EDUCAÇÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASBARRETO, H, M. Competências Básicas. Rio de Janeiro: Ed. SENAC Nacional, 2000.BRUNO, P. OLDENBURG,C.Enfermagem em Pronto Socorro.Editora SENAC Nacional,2006.BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 198/GM/MS. Institui a Política Nacional de Educação Permanente em Saúde como estratégia do Sistema Único de Saúde para a formação e o desenvolvimento de trabalhadores para o setor. Brasília (DF): 2004.BRASIL.Ministério da Saúde - Política Nacional de Educação Permanente em Saúde- Brasília,2009.BRASIL. FUNDAÇÃO NACIONAL DE SÁUDE. Diretrizes de Educação em Saúde visando à promoção da saúde. Brasília: Funasa, 2007.DILLY, C. M. L.; JESUS, M. C. P. Processo Educativo em Enfermagem: Das concepções pedagógicas à prática profissional. Robe Editorial: São Paulo, 1995.OLIVEIRA, A. B. de, Andragogia – a Educação de Adultos, 2007.Disponível em: in http: //www.serprofessoruniversitario.pro.br/ler.php?modulo=1&texto=13 consultado em em 15/01/2011OLIVEIRA, M. K. Revista Brasileira de Educação 59, Jovens e adultos como sujeitos de conhecimento e aprendizagem, Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, Trabalho apresentado na XXII Reunião Anual da ANPED, Caxambu, setembro de1999. SMEKE, E.L.M.; OLIVEIRA, N. L. S. Educação em saúde e Concepções de sujeito. In: VASCONCELOS, E.M. A saúde nas palavras e nos gestos: reflexões da Rede educação popular em saúde. São Paulo: Hucitec, 2001.