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Com o início do atendimento de nossos usuários na Casa das Terapias Naturais e Práticas Corporais, observamos um cenário constante de hábitos alimentares inadequados, pouca atividade corporal e uma série de questões psicossociais. Surgiu a necessidade de atividades que objetivassem a Promoção da Saúde entendida como “um processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria da qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo” (Carta de Ottawa, 1986). O objetivo de promover a conscientização do usuário de sua participação no processo de promoção da saúde atendendo à sua complexidade, permitiu a elaboração de um protocolo de entrada: a palestra “Qualidade de Vida”. As ações estão centralizadas na Casa a partir do conceito de rede dentro de uma visão holística, com o Serviço de Farmácia fornecendo insumos e participando da troca de saberes, enquanto o CMS Curicica cede recursos humanos, expandindo com posterior captação pela Casa de voluntários entre os usuários que trazem suas habilidades. As atividades da Casa iniciam-se com atendimentos individuais em Auriculoterapia, Quick Shiatsu, Reflexologia Podal e Argiloterapia, visando minimizar sintomas, a compreensão do processo de adoecimento pelos usuários, suas dificuldades e habilidades. Em uma segunda etapa são realizados grupos educativos com atividades de relaxamento, Pa Tuan Ching, Do In, musicoterapia, palestras e vivências, salas de bate-papo e arteterapia, entre outras, com o objetivo de desenvolver novas habilidades e estratégias para criar o hábito do auto-cuidado. O Serviço de Farmácia vem desenvolvendo o trabalho com grupo de usuários onde a população interage nas aulas de cultivo das plantas medicinais, oficinas de alimentação saudável, palestras e oficinas sobre preparo de remédios caseiros. São realizadas visitas a outras Unidades com atividades junto ao PPMF com orientação de grupos para a construção de multiplicadores. Inicialmente não foram observados resultados significativos, por tratar-se de uma mudança de hábitos. A médio prazo, recebemos relatos de progressos no cotidiano destes usuários não apenas a nível físico, mas emocional. Diante da efetividade nos novos resultados, iniciamos a terceira etapa ligando o usuário à comunidade criando novas parcerias (associações, cursos, etc.), possibilitando o exercício das habilidades adquiridas em sua trajetória na Unidade, confirmando seu controle no processo da promoção da saúde.