Rede Unida, 10º Congresso Internacional da Rede Unida


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VIVENDO ENFERMAGEM E CONSTRUINDO REDES PRODUTIVAS DE VIDA NO COTIDIANO
Ismenia Maria Barreto Ramos, Rogena Weaver Noronha Brasil

Resumo


INTRODUÇÃO: Partindo-se da realidade do sistema de saúde brasileiro, precisamente pós-reforma sanitária, o Sistema Único de Saúde-SUS abriu campos de atuações para consolidação de seu modelo assistencial, necessitando para seu desenvolvimento de profissionais para diversos níveis e campos de atuação. O enfermeiro insere-se no novo modelo com força de trabalho ocupando os espaços em que requerem contribuições da sua força de trabalho na implementação das políticas publicas do SUS. Nesse contexto o enfermeiro ocupa-se de funções ou atividades que vão desde a atenção direta ao paciente no leito, às famílias nos domicílios, em unidades ambulatoriais e hospitalares, nos níveis primário, secundário e terciário como integrantes de equipes multiprofissionais e também como gestores e gerentes do SUS. Para conhecer o viver da enfermagem no contexto da organização e funcionamento do modelo do SUS, no sistema de saúde de Fortaleza-CE, no ano 2010, elaboramos os seguintes objetivos. OBJETIVO GERAL: verificar a identidade profissional do enfermeiro nos modos de viver enfermagem no SUS. ESPECÍFICOS: 1.Identificar enfermeiros nos diversos campos de atuação do sistema de saúde; 2. Sistematizar as ações do enfermeiro nos diversos campos de atuação do sistema de saúde, 3. Relatar os pontos de convergências da atuação do profissional enfermeiro e os modos de viver enfermagem no SUS. TRATAMENTO METODOLÓGICO: Aplicaram-se questionários semi-estruturados para obtenção de dados quantificáveis e construção do perfil dos sujeitos da pesquisa, e a entrevista de grupo focal, para obtenção das opiniões e verificação da existência ou não dos pontos de convergências entre o saber e viver enfermagem no SUS. RESULTADOS: A pesquisa evidenciou que o enfermeiro em sua maioria encontra-se desenvolvendo ações de âmbito assistencial nos níveis primário, secundário e terciário da assistência do SUS. A descentralização com o implemento da municipalização, da regionalização dos serviços e sistemas de saúde, favoreceram, a inserção do enfermeiro nas áreas de gestão, gerenciamento, assessorias técnicas, ocupando-se de cargos de secretários e gerentes do SUS. Outro espaço de atuação do enfermeiro verifica-se no nível central da SESA, ocupando-se cargos de comandos como coordenação de políticas e planejamento em saúde, assessoria técnica dos programas de governo, assim como, na regulação das políticas do setor saúde e capacitação para o controle social do SUS. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atuação em equipe multiprofissional, como no caso no desenvolvimento das políticas públicas do SUS, requer do enfermeiro habilidades e competências não só específicas da formação profissional, e mais, de outras ciências e campos do conhecimento, em dinâmico aperfeiçoamento e competitividade do viver enfermagem nos espaços de operacionalização do SUS.