Rede Unida, 11º Congresso Internacional da Rede Unida


Tamanho da fonte: 
COMITÊ DE EQUIDADE E EDUCAÇÃO POPULAR DE SERGIPE: AMPLIANDO OS ESPAÇOS COLETIVOS DE PARTICIPAÇÃO
Maria Cecilia Tavares Leite, Katia Maria Menezes de Aragão, Luiz Claudio Barreto Soares

Resumo


A partir da Constituição Federal de 1988, quando foi criado o SUS, o debate sobre a garantia do acesso aos serviços de saúde tornou-se constante nos diversos espaços de encontros entre trabalhadores, gestores, pesquisadores e usuários, especialmente se considerarmos que a dimensão da determinação social da saúde e as imensas desigualdades sociais e econômicas que ainda marcam nosso país constituem-se em barreiras objetivas a essa garantia e, além delas outros aspectos subjetivos, culturais, também implicam no acesso aos serviços de saúde, especialmente para alguns segmentos populacionais em situação de vulnerabilidade social, tais como a população negra, ribeirinha, do campo e da floresta, LGBT, cigana, entre outras. Assim, a partir da criação, pelo Ministério da Saúde, das denominadas Políticas de Equidade e de Educação Popular, especialmente a partir da criação dos comitês nacionais que objetivam a implantação dessas políticas no nível federal, nos estados e municípios, deslancha-se interessante processo que problematiza especialmente o princípio da equidade e a necessidade de construção de gestão essencialmente participativa e democrática, dando sonoridade a vozes diferentes que ainda, apesar do princípio de garantia de acesso universal do nosso sistema de saúde, encontram-se excluídas desse acesso. Em Sergipe, o processo de construção do Comitê de Equidade e Educação Popular contou, desde o seu inicio com a participação desses sujeitos que, com suas vozes verbalizaram suas necessidades e expectativas. Assim, em janeiro de 2013 a Secretaria Estadual de Saúde instituiu a referencia técnica para as áreas de Práticas Integrativas e Complementares de Cuidado e Educação Popular que viabilizou a criação do GT Pró Comitê e conseguiu imprimir a marcada horizontalidade e do dialogo e construiu, através de oficinas e encontros, durante os meses de fevereiro a setembro de 2013, o I Seminário de Políticas de Equidade e Educação Popular, contando com a participação de aproximadamente 250pessoas entre trabalhadores, gestores e movimentos sociais. Nesse momento reafirmou-se o acerto da forma horizontal de construção do Comitê e foi institucionalizado esse novo espaço de diálogos e encontros que deve contribuir, efetivamente, com a construção das políticas de Equidade E Educação Popular em Sergipe.

Palavras-chave


Participação. Equidade. Educação Popular

Referências